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Tombini diz que inflação no país deve atingir centro da meta em 2017

em Manchete
terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Antonio Cruz/ABr

Presidente do BC, Alexandre Tombini, fala em audiência no Senado.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou ontem (15), durante audiência pública no Senado, que espera atingir o centro da meta de inflação em 2017. Diferentemente do discurso feito no último dia 10, em que assegurava que o BC levaria a inflação o mais próximo possível do centro da meta (4,5%) em 2016, Tombini disse que a alta dos preços no próximo ano ficará dentro do limite (6,5%).
“O BC adotará as medidas necessárias para assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação em 2016, circunscrevendo a inflação aos limites de tolerância estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional, e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017”, disse.
Tombini rebateu avaliações de analistas de que o Brasil estaria vivendo situação de “dominância fiscal”. Disse que uma versão dessa tese diz que a deterioração fiscal, causada pelo aumentos na taxa de juros, provocaria elevação nos prêmios de risco de investimentos e alta do dólar adicional, aumentando a inflação em vez de reduzir. “Outra vertente considera que as decisões de política monetária do BC estariam sendo afetadas por preocupações com os resultados fiscais”, acrescentou.
Para Tombini é importante deixar claro que o Brasil não está em situação de dominância fiscal: “De um lado, os desequilíbrios fiscais estão sendo corrigidos por um importante processo de consolidação fiscal. De outro lado, os mecanismos de transmissão da política monetária estão em pleno funcionamento, e o BC continuará a guiar suas decisões de política monetária de acordo com os objetivos do sistema de metas para a inflação”, disse.
Para Tombini, os desequilíbrios atuais na área fiscal não são permanentes e não são vistos como tal (ABr).