Ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna. |
As policias militares e os corpos de bombeiros de todo país devem passar por uma reestruturação, segundo o Plano Nacional de Apoio e Fortalecimento das Policias Militares. “Esse convênio coloca em linha o Exército Brasileiro, seus recursos, seu pessoal, sua expertise, suas instalações em linha com as policias militares do Brasil. Isso representa a elevação do patamar de combate ao crime organizado e o fortalecimento da segurança em todo país”, destacou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungaman.
Na prática, o Exército, responsável por fiscalizar as policias militares e corpos de bombeiros do país, por meio da Inspetoria Geral das Policias Militares, fará, junto com os estados, um diagnostico das necessidades das duas forças. “É preciso discutir com nossos parceiros, que são as policias e corpos de bombeiros, para que se saiba exatamente onde nós podemos disponibilizar os recursos, a capacidade, o planejamento e a logística do Exército Brasileiro”, explicou o ministro da Segurança Pública.
Questionado se há uma tendência de que as Forças Armadas sejam empregadas cada vez mais na área de segurança pública, Jungmann garantiu que não. “Não é assumir o lugar ou substituir as polícias, mas dar a elas melhores condições de enfrentamento do crime organizado e redução da violência colocando à disposição o conhecimento das Forças Armadas brasileiras, cuja formação está entre as melhores do mundo, alinhando com os recursos e as necessidades das polícias”, esclareceu Jungmann.
Apesar de a parceria não implicar em doação de armamento do Exército para as polícias, os ministros da Defesa e da Segurança Pública disseram que há possibilidade de acontecer de forma pontual. Uma verba para armamentos está disponível por meio de uma linha de crédito no valor de R$ 42 bilhões, do BNDES, que será liberada ao longo de cinco anos. Para essa primeira etapa do plano, o ministro da Defesa, general Silva e Luna, disse que serão empregados R$ 5 milhões. Ele reconheceu que os recursos são poucos, mas acredita que, se bem geridos, podem ser suficientes. A verba deve ser priorizada para capacitação (ABr).