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Para ministro da Defesa, sistema de segurança no país ‘está falido’

em Manchete
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Foto MDo

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Ministro da Defesa, Raul Jungmann.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou ontem (31), no Rio de Janeiro, que o sistema de segurança pública no país está falido. Segundo ele, a situação chegou a tal ponto que facções estão no comando de ações criminosas praticadas por quadrilhas organizadas de dentro das penitenciárias. Ele participou de evento promovido na sede da Federação das Indústrias do Rio (Firjan). “O crime se nacionalizou. Mais que isso, se transnacionalizou. Então, não é no espaço da unidade da Federação que vamos resolver o problema da grande criminalidade”, disse.
Jungmann ressaltou o fato de que, na Constituição de 1988, entre 80% a 85% das responsabilidade com segurança foram transferidas para os estados, restando ao governo federal apenas o controle das polícias Federal e Rodoviária Federal. “Há a influência da crise neste processo, da falta de recursos para serem canalizados para a segurança pública. O país passa por uma das maiores crises dos últimos 50 anos em termos econômicos e fiscais e a segurança pública mergulha com o país nesta crise”, acrescentou.
O ministro destacou a crise enfrentada pelo sistema penitenciário, com superlotações de presídios e presos mantidos em situações adversas, como determinante para a falência do sistema e o avanço da criminalidade no país. “Em razão da incapacidade do Judiciário de julgar os processos, o sistema penitenciário brasileiro tem 30% a 40% dos presos provisórios e temporários em suas celas. Ninguém sabe hoje, de fato, qual é o tamanho da população carcerária do país. E quem acha que sabe está enganado”.
“Estes grupos criminosos já têm a distribuição do consumo de droga, e agora estão buscando o controle da produção. Veja o exemplo do Nem, que está preso a 5 mil km do Rio, e ainda assim, é capaz de declarar uma guerra na Rocinha, e levar o governo a convocar as Forças Armadas para tentar apaziguar o local” (ABr).