Deputados mostram cartazes da Ong Avaaz, que entregou ao Conselho de Ética da Câmara, um documento simbólico com 1,3 milhão de assinaturas pedindo a cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha. |
Brasília – A organização internacional Avaaz entregou ontem (26), ao Conselho de Ética da Câmara um documento simbólico com 1,3 milhão de assinaturas pedindo a cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha. O ato foi marcado por uma confusão entre o deputado Laerte Bessa (PR-DF), membros do colegiado, como Alessandro Molon (Rede-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ), representantes da entidade e manifestantes.
Bessa afirmou que os cartazes contra o presidente da Casa demonstravam falta de respeito com a presidência da Casa e tentou retirá-los. O deputado Julio Delgado (PSB-MG) ajudou a apaziguar os ânimos. Em seguida, o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), pediu para que as manifestações fossem encerradas antes de abrir oficialmente a sessão, que ouviria o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
A campanha virtual da Avaaz começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato parlamentar do peemedebista. Logo após a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, houve um aumento significativo de apoios, chegando a 1,2 milhão de assinaturas em quatro dias. Neste momento, o site registra mais de 1,3 milhão de apoios. Coordenador da instituição, Diego Casaes acredita que a exposição de Cunha durante todo o processo de votação da admissibilidade do impeachment chamou a atenção do eleitorado, que se deu conta da morosidade da ação disciplinar contra o peemedebista. “São pessoas por trás da assinatura e que têm direito a voto”, afirmou (AE).