Presidente do TSE, Gilmar Mendes. |
O presidente do TSE e ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou ontem (18) que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deve reexaminar processos em andamento, como a denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça contra o presidente Michel Temer.
“Certamente, haverá revisões. Não vou dar opinião sobre isso. Certamente, a procuradora-geral vai fazer uma reanálise de todos os procedimentos que estão à sua disposição, de maneira natural ou provocada, para evitar erros e equívocos que estavam se acumulando”, disse o ministro, após doar R$ 30 mil à instituição brasiliense de atendimento infantil Casa da Mãe Preta.
Gilmar Mendes, que assistiu à posse de Raquel, revelou ter ficado “deveras impressionado” com o discurso da nova procuradora. No discurso, além de assegurar o empenho com agendas como a de defesa dos direitos humanos, Raquel “enfatizou que investigações têm que ser feitas dentro dos devidos marcos legais, do devido processo legal.”
Gilmar Mendes afirmou ainda que considera o mandato de Janot ineficiente. “Eu tenho a impressão de que, ao fim e ao cabo, tivemos muitos tumultos, muitos desacertos. Os episódios últimos, envolvendo a delação da JBS, creio que mostram bem isso, umas certas – vamos chamar assim – trapalhadas, umas certas perplexidades, que resultaram em ineficiência do próprio trabalho da PGR”, afirmou o ministro (ABr).