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Ministro diz que Brasil preservou 84% da Amazônia por ‘esforço próprio’

em Manchete
segunda-feira, 09 de setembro de 2019
Justica temporario

Foto: Rovena Rosa/ABr

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem (9) que o Brasil preservou a Amazônia. “O Brasil é um país que preservou 84% da sua floresta amazônica, e fez isso com seus esforços próprios e continua defendendo a floresta. Temos mecanismos financeiros que foram aventados por ocasião do Acordo de Paris, e também do Protocolo de Quioto: o pagamento por serviços ambientais, por créditos carbonos, enfim, todo esse arcabouço de recursos que são aventados no mundo para contribuir com a preservação”.
Salles afirmou que será esta a postura do país na próxima Assembleia Geral da ONU, informando ainda que o país está aberto para receber recursos. Abordou o tema Agenda Nacional de Qualidade Ambiental no almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. O ministro disse ainda que as atitudes do governo contra o desmatamento ilegal da Amazônia passam pela modernização do decreto de conversão de multas. “As tarefas de combate à criminalidade são desempenhadas sobretudo pelas autoridades policiais, dos órgãos de fiscalização ambientais, na parte de punições administrativas”, disse
Quanto às críticas internacionais, Salles disse que o governo tomou todas as atitudes em resposta ao aumento das queimadas e que a tendência é de controle. E o que atrapalha o desenvolvimento econômico sustentável, é a falta de regularização de atividades de exploração na região. Citando reportagem do Wall Street Journal, Salles citou que 51% das queimadas na floresta ocorrem em áreas sem definição de titularidade, o que abre espaço para insegurança jurídica e desmatamento.
Salles também culpou os governos anteriores por “incharem a máquina pública”, afetando duas das principais instituições ambientais brasileiras, o Ibama e o CMbio. “Tivemos governos anteriores que incharam a máquina pública, contrataram políticas públicas, uma série de despesas, sem preocupação com meritocracia e metas”, afirmou, ao ser questionado sobre a atuação das instituições no atual governo (ABr).