No leilão foi vendida a produção futura de três campos do pré-sal na Bacia de Santos. Foto: Divulgação/Petrobrass |
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, classificou como “espetacular” o resultado do leilão de sexta-feira (31) em que foi vendida a produção futura de três campos do pré-sal na Bacia de Santos. A produção de duas das áreas foi arrematada pela Petrobras, que adquiriu o petróleo que será extraído de Mero e Sapinhoá por três anos, sem ágio, mantendo o preço de referência.
A produção de Lula só conseguiu atrair o interesse para um contrato mais curto, de 12 meses. A francesa Total E&P ofereceu R$ 1 por metro cúbico além do valor de referência. Mero e Sapinhoá têm a previsão de produzir, respectivamente, 10,6 milhões e 600 mil barris por 36 meses. Devem sair de Lula 1,1 milhão de barris em um ano. Márcio Felix disse que é interessante vender pelo preço de referência porque o petróleo deve ter o preço ajustado quando for levado para o mercado internacional.
Ele lembrou que a equação do valor de referência leva em consideração essa possível valorização. “A gente está em um cenário de crescimento de preços de petróleo. Esses óleos são valorados ao longo do tempo em questão do seu rendimento nas refinarias. Óleos novos no mercado mundial estão no período de ver em quais refinarias do mundo eles têm o melhor rendimento. Aí, eles podem se tornar mais valorizados”, explicou.
Para o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, as propostas refletiram a capacidade de cada grupo. “Foi de acordo com a realidade econômica de cada grupo. Para isso, eles fazem análises de risco extremamente criteriosas, tanto a Petrobras, quanto os concorrentes”, disse. Além da Petrobras e a E&P, estavam habilitadas para o leilão a Shell e a Repsol. O ministro também comemorou o resultado. “Esse foi um passo importante e inovador, pelas mudanças que se conseguiu fazer desde o início, desde que se regulamentou a legalidade dos procedimentos com o pré-sal”, destacou (ABr).