Secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. |
Brasília – A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou na tarde de ontem (30), que a trajetória de déficits fiscais deve se ampliar até o fim ano, embora o resultado de outubro deva ser influenciado pela entrada de recursos oriundos da Lei de Repatriação de capitais do exterior. No ano até julho, o déficit fiscal do Governo Central é de R$ 51,073 bilhões, e chega a R$ 163,34 bilhões em 12 meses. A meta para este ano é um déficit de até R$ 170,5 bilhões.
“Há uma sazonalidade desses resultados fiscais, as despesas são mais fortes no segundo semestre e as receitas, no primeiro semestre, em função do imposto de renda. Então, o primeiro semestre geralmente tem melhores resultados fiscais”, explicou a secretária. Embora não tenha citado uma estimativa para a arrecadação com a repatriação de recursos do exterior, Ana Paula voltou a prometer que a meta de R$ 170,5 milhões de déficit será cumprida.
“Se houver frustração de receitas, faremos decreto de contingenciamento até 22 de setembro”, afirmou, citando a data do próximo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. A secretária do Tesouro fez questão de frisar que a meta de déficit para este ano não é “folgada” e argumentou que o resultado da Previdência deve se deteriorar até o fim do ano. “A estimativa de déficit da Previdência é de R$ 149 bilhões. Até agora, realizamos um déficit de R$ 70 bilhões”, completou (AE).