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Manifestações em várias cidades pediram manutenção de verbas para universidades

em Manchete
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Manifestacoes temproario

Manifestacoes temproario

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Em Brasília, os manifestantes se concentraram na Esplanada dos Ministérios.

Estudantes, trabalhadores da educação e sindicalistas se mobilizaram ontem (15) em várias cidades para protestar contra o bloqueio de verbas das universidades públicas e de institutos federais. Convocados por entidades como a UNE, os atos também criticaram a possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor e a proposta de reforma da Previdência. Em São Paulo, os manifestantes tomaram o vão-livre do Masp, na Av. Paulista. Os dois sentidos da via e as calçadas também foram ocupados. Na multidão, muitos estudantes, além de professores universitários, estaduais e municipais.
Na Unicamp, não houve aula em nenhuma das faculdades, apenas as áreas essenciais de manutenção funcionaram. Na USP e na Unesp, a decisão de assistir às aulas ou ir ao protesto ficou a cargo dos estudantes. O Conselho de Reitores divulgou nota em apoio à manifestação, destacando que as três instituições são responsáveis “por mais de 35% da produção científica nacional e por 35% dos programas de pós-graduação de excelência no país”. E que: “interromper o fluxo de recursos para estas instituições constitui um equívoco estratégico que impedirá o país de enfrentar e resolver os grandes desafios sociais e econômicos do Brasil”.
Em Brasília, os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Dali, seguiram em direção ao Congresso, portando faixas e cartazes contra o contingenciamento de 3,4% das chamadas despesas discricionárias, ou seja, aquelas não obrigatórias, que o governo pode ou não executar, e que incluem despesas de custeio e investimento.
O MEC garantiu que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio preventivo atingiu apenas 3,4% das verbas discricionárias das universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões (ABr).