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Ipea prevê retomada mais lenta da economia em 2017

em Manchete
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Reprodução

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A previsão é que a taxa de juros básica Selic caia para 8,5%.

O Ipea prevê a retomada da economia este ano de forma mais gradual do que o projetado anteriormente, segundo o estudo Carta de Conjuntura, divulgada ontem (29) pela instituição. “Fizemos um cenário em que era condicional a aprovação das reformas constitucionais. Com o aumento da incerteza acerca dessa questão, reestimamos tudo. Continua­mos prevendo crescimento, porém em um ritmo mais lento do que anteriormente previsto”, disse o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Souza Júnior.
A previsão, feita em março passado, indicava crescimento do PIB de 0,7%, em 2017. Agora, a estimativa é de aumento de 0,3%. A projeção é que o segundo trimestre do ano tenha crescimento negativo em torno de 0,5%, o que segundo ele, acaba atrapalhando a taxa anual, que fecharia em 0,3%.
Para 2018, o Ipea prevê aumento de 2,3% PIB, um crescimento bem maior, segundo Souza Júnior, especialmente quando se lembra que o país esteve em recessão. Para o economista, as perspectivas são otimistas em relação à inflação, porque houve queda generalizada de preços, com alimentos puxando a taxa para baixo.
A inflação projetada para 2017 alcança 3,5%; para 2018, a previsão é 4,3%, porém dentro da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. O economista destacou que os números estão abaixo da meta e em linha com a meta de 4,25%, divulgada ontem (29) para 2019. “É um cenário bem positivo em relação à inflação”. A previsão é que a taxa de juros básica Selic caia para 8,5% e se mantenha nesse patamar no próximo ano.
Essa redução é motivada pela inflação sob controle e pela grande capacidade ociosa que há na economia, tanto em termos de mão de obra como de capacidade instalada, que “permitem retomada sem maiores pressões inflacionárias”, disse Souza Júnior. Para ele, vai demorar um pouco mais para que o mercado de trabalho mostre reação (ABr).