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Indústria fecha 2017 com crescimento de 2,5%, após três anos de queda

em Manchete
quinta-feira, 01 de fevereiro de 2018
Isac Nóbrega/PR

Isac Nóbrega/PR

O ano de 2017 rompe um período de queda na indústria, mas ainda está longe de uma mudança ideal.

Após três anos de quedas consecutivas, a produção industrial brasileira fechou o ano passado com crescimento acumulado de 2,5%, na comparação com 2016, puxada pelo setor automotivo. Este é o primeiro resultado anual positivo desde 2013, quando a indústria fechou com expansão de 2,1%, e o maior desde 2010, ano em que a indústria teve o recorde de 10,2% de crescimento.
Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF) divulgada ontem (1º), pelo IBGE. Em 2017, houve crescimento em todas as quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e em 56,4% dos 805 produtos pesquisados, em comparação com o ano anterior. O destaque foi para bens de consumo duráveis, com expansão de 13,3% no ano; seguido de bens de capital, com alta de 6%. As duas categorias tinham registrado queda em 2016, de 14,4% e 10,2% respectivamente.
A expansão de bens de consumo duráveis foi influenciada pela fabricação de automóveis (crescimento de 20,1% no ano) e eletrodomésticos (10,5%). Já em bens de bens de capital, destacam-se equipamentos de transporte (aumento de 7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%). Também com resultados positivos, mas abaixo da média nacional de 2,5%, aparecem os setores produtores de bens intermediários (1,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%).
A avaliação do gerente da pesquisa, André Macedo, é de que o bom desempenho no setor de veículos automotores foi crucial para o crescimento da produção industrial em 2017. “Praticamente todos os setores tiveram crescimento, mas o setor automobilístico, principalmente a fabricação de veículos pequenos, foi o que mais influenciou. Grande parte disso se deve à melhora no nível de estoques e ao aumento das exportações”, afirmou (ABr).