A imprensa japonesa revelou ontem (6) novos detalhes sobre a fuga do ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubish Carlos Ghosn.
Segundo o jornal “Yomiuri Shimbun” e a emissora de televisão japonesa NTV, no dia 29 de dezembro, o empresário teria pegado um trem de alta velocidade de Tóquio até Osaka, de onde embarcou em um avião particular rumo a Turquia.
A informação foi divulgada após análises das imagens de uma câmera de vigilância. A gravação ainda revela que Ghosn estava acompanhado por várias pessoas, cujas identidades ainda não foram encontradas De acordo com a NTV, assim que chegou em Osaka, o brasileiro usou um taxi para chegar até um hotel perto do aeroporto de Kansai.
Ghosn estava em liberdade condicional e fugiu para o Líbano, país onde também tem cidadania, alegando ser vítima de um “complô” e de uma “perseguição política”. Relatos da Fox Business dizem que o brasileiro alega ter provas e documentos que demonstram que ele foi vítima de um golpe por parte do governo japonês. Além disso, a publicação informa que Ghosn mencionará os nomes dos que, em sua opinião, estão por trás de sua prisão durante a coletiva de imprensa que realizará nos próximos dias.
No último sábado (4), a promotoria pública do Japão anunciou que está pronta para abrir uma investigação sobre o processo de fuga de Ghosn. “O fato de o réu ter ignorado nossos procedimentos legais é um tanto infeliz, e as suas ações serão julgadas de acordo”, explicou Takairo Saito, vice-presidente dos investigadores de Tóquio. Segundo ele, a fuga do executivo “é simplesmente um ato que visa evitar punição pelo crime cometido, e é um ato que não pode ser justificado” (ANSA).