Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. |
Brasília – Depois de reconhecer que o governo Michel Temer errou ao tentar minimizar os protestos, auxiliares do presidente admitem que há uma atenção especial à realização das manifestações do país e agora estudam uma forma de tentar dialogar com os movimentos para mitigar os efeitos negativos dos atos. Em programa para ocorrer em Brasília durante a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha, na segunda-feira (12), os manifestantes pedirão também a saída de Michel Temer da Presidência da República.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo equivocou-se em algumas avaliações no início, mas que entende as manifestações, que qualquer ato de protesto tem que ser respeitado por ser democrático e que o governo está disposto a dialogar com quem apresente pautas propositivas.
Padilha disse ainda que o governo não tem que interferir em brigas políticas e que rebater o discurso de manifestantes ligados a partidos não é seu papel.
“O governo tem que separar a luta política, aqueles que vão as ruas pedir fora Temer com intenções eleitorais. Isso é uma discussão para ser feita pelos partidos”, afirmou. Segundo o ministro, o governo vai avaliar e analisar as demandas que surgirem nas ruas e caso seja apresentada uma pauta de reivindicações está disposto a dialogar “A exemplo do que fizemos com o movimento dos sem terra essa semana, que conversamos e chegamos a um entendimento, vamos fazer com quem discutir ideias. É assim que se governo”, completou (AE).