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Governo não deve prorrogar prazo para renegociar Funrural

em Manchete
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Governo temproario

Governo temproario

Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Foto: Marcelo Camargo/ABr

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse ontem (27) que o presidente Temer não irá prorrogar o prazo para a adesão à renegociação das dívidas do Funrural. A prorrogação do prazo, que acaba no próximo dia 31, foi um pedido da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “Entendemos que passando de um exercício para outro teremos, talvez, alguns impactos orçamentários que não teríamos condições de resolver. Isto está sendo analisado, mas a tendência é que não haja essa prorrogação”, disse Marun.
Para ele, caso o próximo governo decida, terá espaço para conceder a prorrogação, mas que terá dificuldades. “Se o governo seguinte entender que deve tratar isso de uma forma diferente, ele terá quatro anos para resolver essa difícil questão. Não é uma questão fácil de ser resolvida”, disse. A questão da dívida do Funrural chegou a ser tratada na Câmara no início do mês, quando foi aprovado um requerimento de urgência para a votação de um projeto que trata do perdão dessas dívidas, cujo valor pode chegar a R$ 17 bilhões.
Marun informou também que Temer irá sancionar o Orçamento da União para o próximo ano e que a tendência é de que não haja vetos ao texto aprovado pelo Congresso no último dia 19. O Orçamento prevê o crescimento do PIB em 2,5% em 2019, com uma inflação medida pelo IPCA de 4,25%. O texto prevê ainda R$ 3,382 trilhões para o pagamento de despesas, sendo R$758,7 bilhões para o financiamento da dívida pública. O Orçamento fixa ainda o valor do salário mínimo em R$ 1.006 e a previsão de R$ 139 bilhões para cobrir o déficit nas contas públicas.
Marun disse que vai viajar para a Síria em janeiro, em sua última ação no exercício do cargo de deputado federal – como integrante de uma missão parlamentar. O ministro defendeu que as empresas brasileiras podem ter uma atuação relevante na reconstrução do país, que está em guerra. De acordo com o ministro, os escândalos investigados na operação Lava Jato fizeram com que as empresas brasileiras perdessem espaço no restante do mundo (ABr).