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Empresários querem acordos comerciais com EUA e UE

em Manchete
segunda-feira, 08 de agosto de 2016

Divulgação

O Mercosul e a UE retomaram as tratativas para um acordo de livre comércio.

Os Estados Unidos e a União Europeia são considerados os parceiros mais atrativos para acordos comerciais, de acordo com a maioria dos empresários brasileiros que trabalham com exportações. A informação está na pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da FGV. O estudo ouviu 847 empresas de pequeno, médio e grande portes das cinco regiões do país.
Questionados sobre países com os quais seria desejável fazer acordos comerciais, 23,9% mencionaram os Estados Unidos, 6,8% a China, 3,7% o México e 3% a Argentina. No caso de blocos econômicos, 16,1% citaram a União Europeia, 3,9% o Mercosul e 2,8% o Nafta. O consultor Welber Barral, da Barral M.Jorge Consultores Associados, explica que, apesar de importante, o Mercosul é visto como um bloco problemático. “O bloco é lento para tomar algumas decisões, mas é quem compra a maior parte dos manufaturados brasileiros”, diz.
Na sua avaliação, o Brasil fica em desvantagem no cenário internacional por não ter mais acordos comerciais. “Nós temos acordo com o Peru, mas é de preferências tarifárias, não de livre comércio. Então, o Peru acabou assinando acordos mais abrangentes com Estados Unidos, Japão e Austrália”, exemplifica, afirmando que isso prejudicou o Brasil.
Os empresários apontaram os principais entraves à competitividade das exportações brasileiras. O custo do transporte, as tarifas cobradas por portos e aeroportos e a baixa eficiência governamental no apoio à superação de barreiras às exportações foram considerados os problemas mais graves.
Segundo Carlos Abijaodi, diretor de Política Industrial da CNI, os entraves se repetem em vários pontos do país. “Se olharmos os dez entraves mais críticos por região, veremos que, de forma geral, os exportadores consideram os mesmos problemas, o que muda é o nível de criticidade”, afirma. De acordo com Welber Barral, o custo da logística tem forte impacto sobre a competitividade das exportações brasileiras. “Para se ter uma ideia, levar um contêiner da China até Santos é mais barato do que de Santos a São Paulo”, comenta (ABr).