Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. |
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, autorizou a repatriação de mais de 20,5 milhões de euros, cerca de R$ 77,5 milhões, depositados no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco. O montante, que está em nome das off-shores Milzart Overseas e Pamore Assets, pertencentes ao ex-diretor, foi recebido em pagamento de propina de contratos superfaturados da Petrobras.
Em petição protocolada na Justiça Federal, em Curitiba, a defesa de Duque informou também que o ex-diretor, preso há mais de dois anos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, renuncia a todos os valores depositados nas contas bancárias do Banco Cramer, na Suíça. A medida tem como base a tentativa de Duque de fechar acordo com a Justiça para deixar a prisão. “O requerente manifesta seu interesse de continuar colaborando com todas as investigações das quais tenha conhecimento de fatos relevantes sobre a Petrobras”, diz trecho do documento.
Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação Lava Jato na primeira instância, ao proferir sentença que condenou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e outros réus na Lava Jato, disse que a renúncia do saldo de contas já bloqueadas pela Justiça permitiria a Renato Duque a progressão de regime depois do cumprimento de cinco anos de prisão em regime fechado, independentemente do total de pena somada (ABr).