Doria estabeleceu prazo de 12 meses para acabar com o deficit de 66 mil vagas em creches na capital paulista. |
Em seu discurso de posse, o novo prefeito de São Paulo, João Doria, reafirmou que vai governar para os mais pobres e se comprometeu a cumprir o mandato, não se candidatando ao governo do estado em 2018.
Ao entregar o cargo, Fernando Haddad (PT) disse que as contas foram saneadas e que a prefeitura tem caixa para honrar todos os compromissos.
Dória, anunciou uma série de medidas para os primeiros meses de governo. Todos os contratos de fornecedores e prestadores de serviço sofreram corte de 15% nos valores, com exceção das áreas de saúde, educação e transporte.
“Esta redução significará uma readequação e medidas de gestão das empresas que prestam serviços à prefeitura. É reduzir valor mantendo serviço. Cada empresa faz o seu esforço de readequação”, enfatizou. O prefeito também anunciou que a frota da administração municipal será reduzida em 1,3 mil veículos, entre carros próprios que devem ser leiloados e os alugados que serão devolvidos. A medida vai promover a economia de R$ 10 milhões/mês. Além disso, todas as pastas devem reduzir o número de cargos comissionados em 30%.
Dória estabeleceu o prazo de 12 meses para acabar com o deficit de 66 mil vagas em creches. Ele pretende expandir os atuais contratos com organizações sociais (OS) e contar com a ajuda de instituições financeiras.
A ideia é pedir aos bancos que estão fechando agências na cidade para que destinem alguns desses imóveis para serem usados como creches. “Os imóveis maiores que possam ser adaptados, sendo que os ajustes e as adaptações deverão ser feitas pelas instituições financeiras”, disse o prefeito. Com isso, será possível, de acordo com o secretário de governo municipal, Júlio Semeghini, atuar justamente nas áreas onde há maior carência de serviço.
O uso de hospitais privados para reduzir o tempo de espera por exames na rede pública municipal foi outro tema da entrevista. Segundo o secretário de Saúde, Wilson Pollara, várias instituições particulares vão atender os pacientes que esperam há mais de um mês pelos procedimentos recebendo o valor tabelado do SUS. As instituições particulares tem aberto opções em horários convencionais, evitando os problemas decorrentes do atendimento noturno, como dificuldade de locomoção. Com isso, a prefeitura pretende acabar com a fila de espera por exames em três meses (ABr).