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Dilma: “Estou vivendo a dor da traição e da injustiça”

em Manchete
quinta-feira, 12 de maio de 2016

Juca Varella/ABr

Dilma recebe cumprimentos de simpatizantes em frente ao Palácio do Planalto após ser notificada.

Em discurso a apoiadores do governo, concentrados em frente ao Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que esta sendo vítima de injustiça e traição, após ter sido afastada do cargo por até 180 dias para julgamento do processo de impeachment no Senado. “São duas palavras terríveis, traição e injustiça, são talvez as mais terríveis palavras que recai sobre uma pessoa e essa hora agora, esse momento é o momento em que as forças da injustiça e da traição estão soltas por aí”, disse. Dilma afirmou que irá resistir até o fim do processo de impeachment, que foi aberto no Senado.
“Estou pronta para resistir por todos os meios legais. Lutei minha vida inteira e vou continuar lutando”, afirmou. A presidenta afastada agradeceu o apoio de manifestantes que protestaram nos últimos meses contra o processo que, segundo Dilma, “estiveram do lado certo da história, do lado da democracia”. “Como qualquer pessoa humana, posso ter cometido erros, mas jamais cometi crimes”, destacou. Após o discurso, do lado de fora do Planalto, Dilma recebeu um buquê de flores e cumprimentou os populares. Ela estava acompanhada do ex-presidente Lula e de ministros de seu governo.
Antes do pronunciamento para o público, Dilma fez um discurso para a imprensa. Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada classificou o processo contra ela de “impeachment fraudulento”. “Nossa democracia está sendo objeto de um golpe”, disse a apoiadores
Punição sem crime é a “maior das brutalidades” contra o ser humano, afirmou admitindo que pode ter cometido erros, mas que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça (ABr).