Desabrigados do prédio que desabou após incêndio na madrugada de terça-feira (1) acampam em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu. |
Alguns moradores do prédio no Largo do Paissandu decidiram passar a madrugada na rua em vez de ir para albergues oferecidos pela prefeitura. “A gente não quer ser esquecido pelo governo”, disse a vendedora ambulante Jéssica Matos, 20 anos, que sobreviveu ao incêndio do edifício. Ela passou a noite com a mãe e a irmã, deficiente mental, na calçada do largo.
“A noite foi fria. Acordei com a garganta doendo, estou um pouco rouca. Minha irmã, que é especial, ficou mal e foi com o pessoal de saúde. Aqui é a rua, né? Não tem nenhuma cobertura”, disse Jéssica. Ela acredita que se o grupo se separar em albergues será mais difícil uma resposta do governo. “A gente não quer albergue, a gente quer moradia. Tanto prédio por aí. Coloca a gente lá que a gente está precisando” (ABr).