173 views 2 mins

CPI da JBS também deve avançar sobre Fachin e Ministério Público

em Manchete
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Divulgação

Divulgação

Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO).

Brasília – Em mais uma demonstração de resistência da base do governo Temer contra as investigações que recaem sobre o presidente, parlamentares buscam trazer o ministro do STF, Edson Fachin, relator da Lava Jato, e também membros do MP para depor em comissões do Congresso. A nova tentativa está articulada para acontecer na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS, que deve ser instalada nesta semana.
“Queremos de imediato ouvir os irmãos Wesley e Joesley Batista, o MP e o Judiciário. Queremos compreender esse método diferenciado de delação que permitiu a total liberdade para esses empresários”, afirmou o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que propôs a criação da comissão e que deve presidir o colegiado. Quando questionado sobre quem seriam os representantes do STF e MP a ser convocados, o senador não apontou nomes, mas deu sinalizações claras. “Quem pediu a homologação e quem homologou a delação”, afirmou.
Relator da Lava Jato, o ministro Edson Fachin é o responsável pela homologação das delações premiadas. Como procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é o líder das investigações. Os procuradores responsáveis especificamente pela delação da JBS foram Sérgio Bruno Cabral Fernandes, Eduardo Botão Pelella, Fernando Antônio de Oliveira Júnior, Ronaldo Pinheiro de Queiroz e Daniel de Resende Salgado.
O senador Ataídes Oliveira afirmou que já tem os requerimentos de convocação prontos e deve apresentá-los tão logo a CPI seja instalada. Será um colegiado composto por 16 senadores e 16 deputados. A previsão é que a comissão seja instalada na próxima quarta-feira, 14. O objetivo é investigar irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com o BNDES e BNDES-PAR. Além disso, também pretende investigar o acordo de delação premiada dos empresários Wesley e Joesley Batista, desculpa ideal para a convocação de Fachin, Janot e procuradores responsáveis pelo acordo (AE).