Ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência, Henrique Meirelles. |
São Paulo – O ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, reforçou que o nome do partido para a eleição presidencial será escolhido na convenção da legenda entre ele e o presidente Temer. Pelas regras do TSE, os partidos têm o prazo de 20 julho a 5 de agosto para fazer suas convenções.
Durante almoço com 130 empresários do Eurocâmaras, que reúne entidades empresariais com relações entre o Brasil e países da Europa, Meirelles – que aparece oscilando de 0% a 1% em pesquisa Ibope com eleitores de São Paulo – afirmou que candidatos reformistas devem ter um desempenho acima do que as pesquisas mostram hoje. Ele voltou a citar que o eleitor espera um candidato com quatro características: competência, seriedade, honestidade pessoal e experiência. “O eleitor não espera candidato com declaração bombástica, carisma”, destacou.
Além disso, o ex-ministro disse acreditar que o processo eleitoral vai levar a uma consolidação das candidaturas de centro. “Acho que o processo eleitoral vai levar a essa consolidação, eleição é muito aberta e estamos ainda em um tempo muito cedo na campanha”. Sem citar nomes, o emedebista criticou presidenciáveis que apresentam propostas contrárias ao programa do presidente Temer. “Alguns presidenciáveis de fato propõem a volta atrás, acabar com o teto de gastos, voltar a gastar à vontade, não fazer reforma da Previdência, existe até candidato aí falando em grupos menores em reverter a privatização da Embraer”, citou.
Ele defendeu a reforma da Previdência e disse que a discussão não é fazer ou não, mas é quando a medida será feita porque é necessária. O ex-ministro declarou que não é possível manter o teto dos gastos públicos sem as mudanças no sistema previdenciário. Respondendo sobre as dificuldades de negociação com o Congresso, Meirelles disse que um presidente eleito com “legitimidade e propostas claras” tem chances altas de fazer reformas no início de governo. “O Executivo no Brasil é muito forte, principalmente em início de governo. Final é mais difícil” (AE).