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Construção civil aprofunda queda da atividade em outubro

em Manchete
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Ciete Silvério

Ciete Silvério

Diante desse quadro, a intenção de investimentos, que vinha se recuperando nos últimos três meses, com alta acumulada de 3,5 pontos, inverteu o sinal e caiu.

Brasília – A queda na atividade do setor de construção civil acelerou no mês de outubro, segundo dados da pesquisa Sondagem da Indústria da Construção, divulgada ontem (23), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Numa escala de 0 a 100, o índice do nível de atividade apurado no mês foi 40 pontos, ante 41,5 registrados em setembro e 41,8 pontos em agosto.
Para o número de empregados, o índice foi 37,7 pontos, ante 39,7 pontos em setembro. Pela metodologia da CNI, esses resultados abaixo dos 50 pontos indicam que houve redução da atividade e do emprego em comparação com o mês anterior. A entidade informa também que o índice de ociosidade tem estado abaixo do usual “há diversos meses”. Em outubro, a utilização da capacidade atingiu 56%, oito pontos porcentuais abaixo da média histórica para o mês e um ponto porcentual abaixo do registrado em setembro.
Diante desse quadro, a intenção de investimentos, que vinha se recuperando nos últimos três meses, com alta acumulada de 3,5 pontos, inverteu o sinal e caiu. Na medição para o mês de novembro, ela chegou a 27,3 pontos, uma queda de 1,5 ponto na comparação com outubro. O resultado está 8,4 pontos menor do que a média histórica da série iniciada em novembro de 2013.
Os empresários do setor não esperam melhora no desempenho deste mês, apurou a pesquisa. Consultados, se mostraram pessimistas. A expectativa para o nível de atividade foi de 45,5 pontos, para a compra de insumos e matérias-primas foi 43,9 pontos, para o número de empregados foi 44,2 pontos e para novos empreendimentos e serviços, 44,7 pontos. Resultados abaixo de 50 pontos indicam perspectiva negativa. O levantamento foi realizado entre 1º e 11 de novembro com 580 empresas, das quais 183 são de pequeno porte, 262 são médias e 135 são de grande porte (AE).