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Combate a roubos impede facções de financiar outros crimes

em Manchete
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Combate temproario

Combate temproario

Latrocínio é o crime que mais assusta, diz Jungmann.

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Terceira operação coordenada pelo Sistema Único de Segurança Pública (Susp), a Operação Midas, deflagrada ontem (26), simultaneamente por polícias civis de 25 estados, contou com a participação de 3.745 policiais civis. A megaoperação teve por objetivo prender autores de crimes de roubo e de latrocínio (roubo seguido de morte).
Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, entre as justificativas da operação está a de que o dinheiro roubado, principalmente de carros-fortes e de caixas eletrônicos, acaba sendo usado por facções para a prática de outros crimes, como tráfico de drogas, contrabando e até mesmo financiamento de campanhas políticas.
Até o início de ontem, foram feitas 116 prisões por roubo; três por latrocínio e 154 por outros crimes, além de 60 prisões em flagrante. Foram cumpridos 155 mandados de busca e apreensão. Mais de 1 tonelada de maconha e de 4 quilos de cocaína foram apreendidos, além de 33 mil unidades de ecstasy, 31 armas de fogo e seis veículos. Como a operação terá duração de pelo menos 48 horas, a expectativa é de expansão desses números.
Segundo Jungmann, o latrocínio é o crime que mais assusta porque é o que resulta em maior número de delitos. É um tipo de crime que acaba servindo para financiar outras práticas criminosas, cometidas pelas cerca de 70 facções criminosas existentes no Brasil. Há também preocupação com o fato de tais facções usarem esse dinheiro inclusive para o financiamento de campanhas políticas. “Identificamos [participação de facções] não só nessas [eleições], mas nas eleições passadas. Não se pode admitir que representantes do crime venham a fazer parte do Parlamento, seja ele municipal, estadual ou federal”, disse o ministro (ABr).