Os dados das Contas Nacionais divulgados ontem (3) pelo IBGE, relativos ao terceiro trimestre, levaram a Confederação Nacional do Comércio (CNC) a revisar de +1,0% para +1,2% a expectativa em relação ao crescimento do PIB em 2019. Para 2020, a projeção é de um avanço de 2,2%. No próximo ano, tanto o comércio (+3,2%), quanto o consumo de bens e serviços por parte das famílias (+2,9%) deverão seguir superando o ritmo médio de expansão da economia.
A economia brasileira avançou no terceiro trimestre 0,6% em relação ao segundo trimestre. A taxa observada é a maior para um terceiro trimestre desde 2012 (+1,5%) e a mais elevada para qualquer período de três meses desde o primeiro trimestre de 2018 (+0,7%). “O comércio, os serviços e o turismo terão um papel determinante no bom desempenho esperado para a economia brasileira em 2020”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O economista da Confederação, Fabio Bentes, estima que a reação vai prosseguir, com evolução do nível de emprego e a continuidade dos estímulos da política monetária. Porém, o nível de geração de riqueza observado antes da crise deverá ser retomado somente em 2021, ou seja, sete anos após o início da maior recessão da história.
O nível de atividade mais acelerado da economia no terceiro trimestre havia, de certa forma, sido antecipado pela evolução da ocupação formal. De acordo com dados do Caged, o saldo de postos de trabalho acumulado de julho a setembro (338 mil vagas) foi o maior para esse período desde 2013 (+489 mil).