O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com seu homólogo chinês, Xi Jinping para assinar diversos acordos e memorandos nas áreas de política, ciência, tecnologia, educação, economia e comércio, além de energia e agricultura. “Podemos dizer que uma parte considerável do Brasil precisa da China e a China também precisa do Brasil”, disse Bolsonaro. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, em 2018, o fluxo de comércio entre os dois países alcançou a marca histórica de US$ 98,9 bilhões.
Entre os atos assinados estão protocolos sanitários para exportação de carne termoprocessada e farelo de algodão do Brasil à China. Os dois países também passaram a reconhecer as certificações de Operador Econômico Autorizado emitidas pelas autoridades aduaneiras dos dois países. Uma empresa certificada usufrui dos benefícios, como tratamento prioritário, menos inspeções, requisitos menos rígidos de segurança e expedição agilizada.
Bolsonaro e Xi Jiping ressaltaram o papel da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação como principal mecanismo para impulsionar as relações entre os dois países. Um memorando de entendimento também prevê contatos institucionais mais regulares e diretos entre os ministérios das Relações Exteriores do Brasil e dos Negócios Estrangeiros da China, “o que possibilitará comunicação estreita e ágil sobre temas bilaterais, regionais e internacionais de grande relevância”.
Brasil e China também pretendem expandir os canais de comunicação entre jovens cientistas e pesquisadores e aprofundar a colaboração científica e tecnológica entre os dois países. Os governos financiarão jovens cientistas e pesquisadores que concluíram seu doutorado em um período de cinco anos antes da apresentação de propostas. Ao final do encontro, Bolsonaro presenteou o presidente chinês com um agasalho do Flamengo, “o melhor time do Brasil no momento”. Em novembro, Xi Jinping deve vir ao Brasil para participar da 11ª Cúpula do BRICS (ANSA).