Fiscais agropecuários defendem Operação Carne Fraca e o fim de indicações políticas. |
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse ontem (20) que o setor cobrou apoio do governo federal após os efeitos negativos da Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira (17) pela Polícia Federal. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Sérgio Turra, elogiou a Operação Carne Fraca, mas criticou a forma como foi feita a divulgação das investigações.
“Em um segundo aspecto, o Ministério da Agricultura se movimentou, e nós estávamos juntos, para responder pontualmente àqueles países que fizeram questionamentos diretos e também preparar uma nota técnica para os países que não questionaram para que se sintam tranquilos dentro do processo”, disse Camardelli. A Abiec também já se antecipou fazendo a tradução de sua nota técnica em todas as línguas e mantém o contato diário com os importadores e embaixadas.
Segundo ele, ainda não é possível mensurar o prejuízo em relação ao mercado externo, entretanto já se sabe que há a suspensão das atividades de seis plantas (unidades). “Estamos ratificando frente aos nossos compradores que esse foi um episódio que teve amplitude de uma maneira sutil e que foi um processo de corrupção burocrática sem risco sanitário”, defendeu Camardelli.
O diretor técnico ABPA, Rui Vargas, avaliou que houve um grande equívoco técnico quando se fez uma massificação da informação tentando repassar uma imagem negativa da carne brasileira para os consumidores e importadores. “Todas as coisas que foram ditas são equivocadas tecnicamente. As ações que nos foram comunicadas serão tomadas para aprimorar o processo e dar garantias fortes e seguras aos consumidores. O ministério nos comunicou que fará uma operação de auditoria em todas as empresas citadas”.
Vargas disse ainda que a operação da Polícia Federal deveria ter envolvido apenas a postura e comportamento dos funcionários do ministério e das empresas citadas e não a qualidade dos produtos. “Ficou muito claro que as coisas estão dissociadas e que o governo está tomando medidas fortes tentando levar essa imagem ao conhecimento de todos os países e consumidores” (ABr).