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Após denúncia, Eduardo Cunha descarta renúncia

em Manchete
sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Marcelo Camargo/ABr

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse na sexta-feiera (21), em São Paulo, que não vai renunciar do comando da Casa. Durante evento promovido pela Força Sindical, Cunha afirmou que a renúncia não faz parte do vocabulário dele “e não fará”. “Ninguém pode ser previamente condenado. Não adianta nenhuma especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão de nenhum direito. Não há a menor possibilidade de eu não continuar no comando da Câmara”, disse o peemedebista.
“Eu tenho um mandato pelo qual eu fui eleito e vou continuar exercendo até o último dia. A Câmara tem as suas decisões pela sua maioria. O presidente não é dono da Câmara e sequer consegue ser dono da pauta”, disse após participar de encontro com sindicalistas.
Na denúncia encaminhada ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que Eduardo Cunha recebeu propina por meio empresas sediadas no exterior e empresas de fachada.
Cunha, por sua vez, contestou a denúncia “com veemência” e chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Cunha se disse inocente e aliviado. “Fui escolhido para ser investigado e, agora, ao que parece, estou também sendo escolhido para ser denunciado”. O peemedebista criticou o PT e o governo, a quem atribui o fato de ser alvo da denúncia. Ele voltou a defender o fim da aliança entre PT e PMDB. “O assunto tem que ser discutido do foro apropriado e o partido já convocou um congresso para discutir esse assunto. Eu vou pregar o fim dessa aliança”.
Ele disse que vem se comportando na presidência da Câmara conforme o que prometeu, não submetendo a Casa ao Poder Executivo, não atrapalhando a governabilidade, mas exercendo o que é desejo da maioria. Cunha disse aos trabalhadores que estará sempre atento para debater todas as demandas que chegarem à Câmara e colocar os assuntos na pauta para que possam ser votados (ABr).