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Alta no atacado não muda trajetória de queda na previsão de inflação

em Manchete
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Divulgação

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O tomate em janeiro, avançou 6,97%.

Rio – As altas de preços no atacado dos alimentos in natura, da gasolina, do diesel e do minério de ferro, principalmente, puxaram a aceleração da primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro. Segundo o superintendente adjunto para Inflação do Ibre/FGV, Salomão Quadros, os avanços são normais nesta época do ano, e não vão contra o cenário de queda da inflação ao consumidor neste ano.
Mais cedo, a FGV informou que o indicador subiu 0,86% na primeira prévia de janeiro, ante avanço de 0,20% na primeira prévia do mesmo índice de dezembro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, avançou 1,13%, após alta de 0,30% na primeira prévia de dezembro. “Janeiro é um mês de inflação elevada, com altas sazonais, mas por conta de fatores próprios deste período. Não representa uma mudança na tendência. A inflação será maior do que a de dezembro porque há uma série de coisas que são típicas de janeiro”, disse Quadros.
A alta nos preços dos alimentos in natura, como hortaliças, frutas e verduras, tem a ver com fatores climáticos, como mais chuva e calor. Com isso, o grupo dos “alimentos in natura” no atacado passou de -4,97% na primeira prévia de dezembro para 1,96% em janeiro. Quadros destacou o tomate, cujo preço encolheu 7,97% na primeira prévia de dezembro e, em janeiro, avançou 6,97%.
Quadros vê um movimento maior de recuperação nas cotações das commodities industriais, que inclui a celulose, além do petróleo e do minério de ferro, e tem a ver com sinais de manutenção da demanda elevada da China e, até mesmo, de alguma recuperação do crescimento econômico na Europa. “Isso não vai obrigar ninguém a refazer projeção para a inflação”, disse o pesquisador da FGV (AE).