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Agricultura 4.0 conciliará desenvolvimento com meio ambiente

em Manchete
segunda-feira, 24 de junho de 2019
Agricultura temproario

Agricultura temproario

Agricultura 4.0 está centrada em três eixos: balanceamento dos minerais do solo, povoamento de micro-organismos do solo e tipo de plantação. Foto: Keith Ewing/CC BY 2.0/Divulgação

O agricultor que planta até exaurir os recursos do solo virou coisa do passado. Por meio da tecnologia aliada ao respeito ao meio ambiente, o produtor consegue desenvolver o próprio solo, com aumento da produtividade. Essa é a agricultura 4.0, que promete revolucionar a economia verde. Segundo o diretor do Departamento de Estruturação do Ministério da Agricultura, Avay Miranda Junior, exemplos como esses são cada vez mais comuns e indicam um caminho para o desenvolvimento sustentável do agronegócio.
Ele participou de palestra na 1ª Conferência Ministerial Regional das Américas sobre Economia Verde, em Fortaleza. De acordo com ele, a agricultura 4.0 está centrada em três eixos: balanceamento dos minerais do solo, povoamento de micro-organismos do solo e tipo de plantação. Ele ressaltou que, nas últimas décadas, o Brasil passou de importador de tecnologias agrícolas a um dos líderes em inovação na área graças à Embrapa e a iniciativas em centros de pesquisas e universidades.
“O Brasil seguiu uma trilha que passou por algumas etapas. Na primeira fase, o agricultor encarou o cerrado com tecnologias simples, como a neutralização do solo por calcário. Depois, houve a domesticação de plantas viáveis em outras regiões, como o feijão-soja, até então plantado apenas em regiões subtropicais”, explicou. Também citou a introdução de bactérias fixadoras de nitrogênio nas culturas leguminosas.
A técnica, que dispensa o uso de produtos químicos, permite a refertilização do solo por meio da plantação de culturas leguminosas (como vagem, soja, guandu e crolatária) por meio de micro-organismos presentes nas raízes dessas plantas. “Esse procedimento proporciona economia de bilhões de dólares por ano”. Miranda Junior ressaltou que o uso da tecnologia estimula a preservação de áreas de florestas pelos agricultores e a redução da pobreza em áreas rurais (ABr).