O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou ontem (11), que a retomada e conclusão de 1.519 obras de infraestrutura que estavam paradas vão custar “apenas” R$ 1,8 bilhão. Essas obras abrangem vários projetos, incluindo o Programa Minha Casa Minha Vida. Temer disse que “há coisas que são de uma leveza orçamentária extraordinária”. Ele citou o exemplo recente da autorização que deu para aviões da FAB transportarem órgãos para transplante. “O governo tem que ser criativo”, disse.
O governo fez um mapeamento das obras inacabadas e paralisadas. Em discurso a empresários da construção civil no Palácio do Planalto, ele ressaltou que a Caixa tem apoio indispensável e não pode “trancar recursos”. Segundo Temer, esse é um governo que não tem preconceitos e quer unir as classes sociais. “Este evento é um exemplo muito claro, une empresários e trabalhadores”, disse, propondo uma soma de esforços do setor privado e do governo para uma nova realidade.
Antes do discurso de Temer alguns representantes do setor usaram a tribuna do Salão Nobre do Palácio do Planalto para tecer elogios “a capacidade de liderança” de Temer e manifestar apoio ao seu governo. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, disse que, em nome da entidade, queria manifestar o apoio ao governo e às medidas propostas por ele para recuperar a credibilidade. “A construção civil apoiará tudo que favoreça (o País)”, disse.
Martins disse ainda que os empresários encontraram em Temer, e na equipe que montou, a liderança capaz. “Uma liderança capaz de aproveitar o momento histórico para construir mudanças”, disse. O presidente do sindicato da construção civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, também fez elogios a Temer em seu discurso. “Não tenho dúvidas de que vossa excelência será o líder maior à frente da roda do desenvolvimento”, disse.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, ao fazer o anúncio de que a pasta vai retomar 10 mil unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida, também fez elogios ao presidente em exercício e afirmou que assistiu a muitas cerimônias no Planalto com projetos que não saíam do papel – e que agora sabia que essa realidade “iria mudar” (AE).
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