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Saiba como começar a investir diretamente nos EUA

em Manchete Principal
domingo, 17 de abril de 2022

O desafio de pagar as contas está cada vez maior devido à inflação. Dar os primeiros passos rumo ao mercado financeiro externo acaba sendo um sonho que muitas pessoas deixam para trás em períodos de instabilidade.

No entanto, há uma via prática e segura para começar a investir no exterior, especialmente na maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos: uma conta corrente e de investimentos no país.

Essa alternativa confere uma grande variedade e liquidez dos investimentos disponíveis, economia em taxas e até benefícios fiscais. Além disso, funciona também como uma defesa para épocas de crise, visto que a economia do país norte-americano é a mais robusta e diversificada em todo o mundo.

Seja para proteger o seu capital em uma moeda mais forte ou ter um acesso mais amplo de ativos globais, são inúmeras as vantagens em investir uma parcela do patrimônio no exterior.

Entre tantas vantagens, a Nomad, primeira fintech que permite aos brasileiros a abertura de conta corrente e de investimentos nos Estados Unidos de forma 100% digital, separou quatro maneiras para iniciar um investimento no país com contas internacionais. Confira:

1) Dólar – Primeiramente, é importante destacar que quando o próprio indivíduo já escolhe ter uma vida financeira em dólar, ele está investindo. A moeda norte-americana é a mais líquida em transações e é considerada um porto-seguro pelo mercado, pois em momentos de incertezas, os investidores globais trocam ativos de risco e moedas de economias emergentes (como o real brasileiro) pela segurança dos dólares.

“O cidadão brasileiro normalmente tem receitas em reais (como o salário ou aluguel) e despesas cotidianas atreladas ao dólar (como o preço da gasolina ou de eletrônicos importados). O investimento em uma moeda forte como essa tem um poder de proteção contra a desvalorização do real e a alta de preços de produtos atrelados a ela”, diz o Head de Investimentos da Nomad, Caio Fasanella.

2) Ações de empresas – Uma opção popular e constante de investimento externo está nas ações de grandes empresas dos Estados Unidos (como a Amazon, Apple e Tesla), ou mesmo de outros países (como Alibaba, Nestlé e Spotify), mas que são negociadas nas Bolsas de Valores do país norte-americano.

Vale ressaltar que é possível investir nesses grupos por meio das BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são recibos de ações internacionais negociados no Brasil. No entanto, esse meio sofre de algumas carências que a conta internacional supre.

Uma delas é a liquidez limitada, o que acaba resultando em maior custo de aquisição para os clientes, e menor certeza que uma ordem vai ser executada. O acesso também é menor à quantidade e variedade de ativos, assim como há mais taxas.

“O investimento usando a conta internacional evita as taxas cobradas sobre os BDRs, que são geralmente de 3% a 5% dos dividendos distribuídos no exterior para investidores brasileiros, além de contar com isenção fiscal sobre ganhos de capital em caso de vendas de ações no exterior de até R$ 35 mil por mês. Os ganhos de capital com as BDRs são tributados em 15% sem esse benefício da isenção”, afirma Fasanella.

3) Ativos digitais – O mercado de criptomoedas está crescendo cada vez mais, mas definitivamente algumas formas de adentrá-lo bloqueiam a entrada de muitos investidores pela complexidade. Não é o caso das contas internacionais.

O grande motivo é o fato da oferta de ativos digitais (NFTs, tokens diversos, etc.) ser muito mais avançada em dólar. Ou seja, ter uma mobilidade financeira pela moeda norte-americana facilita o primeiro contato com possíveis investimentos desse ambiente.

4) Ativos reais – Apesar da digitalização do mercado financeiro, ter uma vida em dólar ainda garante investimentos reais nos Estados Unidos. Alguns dos mais populares, assim como no Brasil, são os imóveis.

Ainda há muitas outras formas de se investir no exterior que merecem ser mencionadas, como os fundos de investimentos em ações, renda fixa, fundos macro, títulos de dívida, private equity funds e hedge funds.