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Produção industrial teve retração de 11,8% nos dois primeiros meses de 2016

em Manchete Principal
sexta-feira, 01 de abril de 2016

Entre os ramos de atividade, a principal influência negativa foi registrada  por veículos automotores.

Depois de ter iniciado o ano com ligeiro crescimento de 0,4% em janeiro, na série livre de influências sazonais, a produção industrial brasileira voltou a cair em fevereiro: 2,5%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. A pesquisa indica que, na série sem ajuste sazonal, no confronto com janeiro do ano passado, a queda para o total da indústria foi de 9,8% em fevereiro, registrando a vigésima quarta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, porém menos intensa do que a observada em janeiro (-13,6%).
Com a redução de fevereiro, o parque fabril do país passou a acumular uma retração de 11,8% nos dois primeiros meses de 2016, comparativamente ao período janeiro/fevereiro do ano passado. Já a taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, fechou fevereiro com queda de 9%, a mais intensa desde os 9,4% de novembro de 2009.
Entre os ramos de atividade, a principal influência negativa foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias, que caíram 9,7%, eliminando o avanço de 7,2% acumulado entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. Também exerceram influência as quedas nos segmentos de máquinas e equipamentos (-6,7%), produtos alimentícios (-1,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (-8,2%).
Na outra ponta, o IBGE destacou – entre os dez ramos que aumentaram a produção em fevereiro – o de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançaram 1,4% na terceira taxa positiva consecutiva e acumulando no período expansão de 8,1%. Outros impactos positivos importantes foram observados nos setores de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%), indústrias extrativas (0,6%), produtos têxteis (3,4%) e bebidas (1,3%).
Já entre as quatro grandes categorias de uso, ainda na comparação janeiro/fevereiro, o item bens de consumo duráveis fechou fevereiro com a redução mais acentuada frente a janeiro: -5,3%. A retração intensificou a perda de 3,3% do mês anterior, influenciada pela menor produção de automóveis e de eletrodomésticos, setores afetados por férias coletivas em várias fábricas. As outras duas grandes categorias que tiveram queda foram bens intermediários (-2%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%). Já o segmento de bens de capital, ao fechar fevereiro com ligeira alta de 0,3%, foi o único resultado positivo sobre janeiro (ABr).