Presidentes de sul-americanos assinaram a ‘Declaração de Santiago’, que marca o início do processo de criação do Prosul. Foto: Alex Ibanez/Governo do Chile
Presidentes de sete países sul-americanos assinaram na sexta-feira (22) a ‘Declaração de Santiago’, que marca o início do processo de criação do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). O presidente do Chile, Sebastian Piñera, disse que o Prosul se destina a “enfrentar problemas e assumir oportunidades” que são comuns aos países da região. “Foi um bom dia para a colaboração, dialogo e entendimento para integração na América do Sul”, disse Piñera, ressaltando que há cinco anos esse encontro não era realizado.
Assinaram a declaração os presidentes de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. O presidente chileno reiterou que será um fórum que respeita as diferenças e diversidades dos países. “Sem ideologias, sem burocracias, pragmático e que vai buscar resultados para a região, em compromisso claro com a democracia, liberdade e respeito aos direitos humanos”, disse. Aberto a todos os países da América do Sul que estejam em plena vigência da democracia, liberdade e direitos humanos, assim como o respeito à soberania e integridade territorial.
A nova comunidade de países sul-americanos substitui a Unasul, paralisada há mais de dois anos. A proposta do Prosul, idealizada pelo presidente chileno tem formato mais flexível, enxuto, menos oneroso e deve se dedicar a iniciativas concretas entre os países e ações conjuntas para integração e desenvolvimento da região. As nações que compõem o Prosul entenderam que a Unasul, da forma como funcionou desde seu lançamento em 2008, perdeu efeitos práticos, mantendo custos, e passou a disputar decisões sobre temas que já são tratados em outras instâncias, como o Mercosul.
A Declaração de Santiago estabelece que o Prosul Piñera ressaltou que os objetivos do Prosul são o diálogo contínuo e a coordenação de ações conjuntas a para o desenvolvimento da região. O espaço deverá abordar, de maneira flexível, temas de integração em infraestrutura, energia, saúde, defesa, segurança e combate ao crime, e prevenção e manejo de desastres naturais.
Em publicação na sua conta no Twitter, o presidente Bolsonaro ressaltou a intenção de aprofundar a relação com o Chile, atrair e expandir investimentos. “Brasil é um dos principais caminhos dos investidores chilenos. São mais de US$ 35 bilhões injetados em nossa economia”, escreveu. Antes do encontro com Piñera, o Bolsonaro depositou flores no monumento em homenagem ao libertador chileno, o general Bernardo O’Higgins (ABr).