Ministro Paulo Guedes e presidente Jair Bolksonaro: governo prepara uma agenda positiva para destravar a economia após a aprovação da reforma da Previdência. Foto: Fabio Rodrigues/ABr
A reforma da Previdência é o primeiro passo para ampliar a liberdade econômica, disse o presidente Jair Bolsonaro, ao sair de visita de cerca de uma hora ao Ministério da Economia com o ministro Paulo Guedes. Ele declarou que o país corre o risco de quebrar se não conseguir reequilibrar as contas públicas. “A outra alternativa é imprimir moeda. Eu acho que, se for imprimir moeda, você sabe o que vem atrás. É inflação. Outra é conseguir empréstimo lá fora. Será que querem emprestar para nós? Com qual taxa de juros? Então, não temos outra alternativa”.
O ministro Paulo Guedes disse que a reforma da Previdência é imprescindível para tirar o país da armadilha do baixo crescimento. As mudanças nas regras de aposentadoria abrem espaço para o país crescer de forma sustentável por até 15 anos, com retomada do investimento interno e atração de capitais externos. “Assim que aprovadas as reformas, o Brasil retoma seu caminho de crescimento econômico sustentável. O crescimento estava em torno de 1,5% [por ano], mas, nos últimos dez anos, o crescimento foi de 0,5%. O Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento, e nós vamos escapar dela com as reformas”, declarou Guedes.
O ministro ressaltou que o governo prepara uma agenda positiva para destravar a economia. “Nós vamos começar a simplificar e a reduzir os impostos, vamos fazer a descentralização para estados e municípios. E o Brasil, de julho em diante, estará crescendo de novo. Essa é a verdade a respeito do crescimento”, acrescentou Guedes. Sobre o bloqueio de cerca de R$ 30 bilhões do Orçamento, Bolsonaro disse que o corte foi necessário porque as previsões de receitas têm caído. Ele explicou que a educação não sofreu contingenciamento, mas remanejamento de recursos para outras áreas.
Guedes negou que o Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional para famílias de baixa renda, tenha sofrido cortes. Segundo o ministro, o programa está sendo reavaliado, mas a Caixa, que administra os financiamentos, continua a liberar os recursos normalmente. “Está havendo conversas do ministério com o presidente da Caixa. Eles estão recalibrando o programa. Porque, se existem 70 mil casas devolvidas e 60 mil não terminadas, tem algum problema no programa. Mas estamos seguindo normalmente enquanto fazemos a reavaliação”, assegurou Guedes (ABr).