Presidente Jair Bolsonaro participa da solenidade de passagem de Comando do Exército, do general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas ao general Edson Leal Pujol.
Foto: Valter Campanato/ABr
Na cerimônia em que transmitiu o Comando do Exército para o sucessor, o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas disse na sexta-feira (11) que a eleição e posse do presidente Jair Bolsonaro representam a “renovação” e a “liberação das amarras ideológicas”. O discurso foi feito na presença de Bolsonaro e de várias autoridades militares e civis, incluindo ministros, o presidente do STF, Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Villas Bôas, que assumiu o comando em 2015, transmitiu o cargo ao general Edson Leal Pujol. Segundo Villas Bôas, além de Bolsonaro, duas “personalidades” se destacaram em 2018: o então juiz e atual ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e o ex-interventor federal da segurança pública no Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto.
“O presidente Bolsonaro, que fez com que se liberassem novas energias, um forte entusiasmo e um sentimento patriótico há muito tempo adormecido”, afirmou.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também presente à cerimônia, destacou o momento de renovação em que Pujol assume e a atuação de Villas Bôas no Exército: “Villas Bôas deixou sua marca nas Forças Armadas. Fez do Exército solução, não parte do problema”.
Azevedo e Silva ressaltou a atuação de Villas Bôas no comando do Exército na Amazônia. “ [Ele] serviu anonimamente nas remotas fronteiras, com a missão proteger os territórios e acolher os brasileiros quase esquecidos que vivem naquelas terras distantes”, disse.
O ministro lembrou que o general participou ativamente da organização da recepção de refugiados em Roraima, do acompanhamento da greve dos caminhoneiros em maio de 2018 e da intervenção federal no Rio de Janeiro. O novo comandante do Exército, Edson Leal Pujol, de 64 anos, nasceu na cidade de Dom Pedrito/RS. Foi promovido ao posto atual em março de 2015.
Como general de Exército, foi secretário de Economia e Finanças e chefe de Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército em Brasília e comandante militar do Sul, em Porto Alegre. Entrou na Força em 1971 na Escola Preparatória de Cadetes do Exército e concluiu o curso da Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 (ABr).