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Na ONU, Bolsonaro reafirma compromisso com desenvolvimento sustentável

em Manchete Principal
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Comercio temporario

Em discurso na ONU, Bolsonaro destacou as riquezas da Amazônia.  Foto: Lucas Jackson/Reuters/ABr

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (24) que a ONU não pode aceitar a volta do colonialismo e defendeu a soberania brasileira na Amazônia. Durante discurso na abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro reafirmou o compromisso do país com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável da região.
“Nossa Amazônia é maior que toda Europa Ocidental e permanece praticamente intocada, prova de que somos um dos países que mais protege o meio ambiente”.
Cerca de 14% do território brasileiro é demarcado como terras indígenas e Bolsonaro destacou que não pretende demarcar novos territórios. “O Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse”, afirmou. “O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. É o caso das reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros”, disse, destacando que o Brasil usa 8% de seu território para produção de alimentos.
O presidente brasileiro defendeu uma política de tolerância zero com a criminalidade, incluindo os crimes ambientais, ao criticar a mídia internacional pela repercussão negativa que as queimadas tiveram pelo mundo. “É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”, disse.
“Existem, no Brasil, 225 povos indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em locais isolados. Cada povo ou tribo com seu cacique, sua cultura, suas tradições, seus costumes e principalmente sua forma de ver o mundo. A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros”. E que, muitas vezes, líderes, como o cacique Raoni, são “usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”.
“Acabou o monopólio do Senhor Raoni. A ONU teve papel fundamental na superação do colonialismo e não pode aceitar que essa mentalidade regresse a estas salas e corredores, sob qualquer pretexto”. Bolsonaro disse ainda que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta Amazônica deve ser tratada com pleno respeito à soberania brasileira e que busca parcerias para agregar valor de forma sustentável às suas riquezas. O presidente também rechaçou as tentativas de instrumentalizar a questão ambiental ou a política indigenista em prol de interesses políticos e econômicos externos, “em especial os disfarçados de boas intenções” (ABr).