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Mourão defende reforma política após a conclusão da Previdência

em Manchete Principal
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Apos temproario

Apos temproario

Vice-presidente Hamilton Mourão defende o sistema político com voto distrital, que, para ele, seria também uma forma de baratear as eleições.  Foto: Evaristo Sá/AFP/Reprodução

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu ontem (15), que, após aprovação da reforma da Previdência, o próximo passo do Congresso deve ser a reforma política. “Hoje temos 26 partidos representados, apenas dois partidos têm mais de 50 deputados, em torno de sete têm entre 30 e 40 e o restante são partidos com dez ou oito deputados, então, é extremamente fragmentado o nosso Congresso, não é fácil lidar com isso aí. Os partidos deixaram de representar o pensamento da sociedade como um todo”, disse ao participar da abertura do II Rio Money Forum, na Fundação Getulio Vargas (FGV).
O vice-presidente defende o sistema político com voto distrital, que, para ele, seria também uma forma de baratear as eleições. “É a minha opinião para a eleição ficar mais barata”. Para ele, o governo Bolsonaro assumiu tendo que atacar dois grandes problemas da economia brasileira, que são a questão fiscal e a agenda de produtividade. “A reforma da Previdência, está encaminhada. Não da forma como nós, governo, gostaríamos, mas existe um velho aforismo no meio militar que diz que o ótimo é inimigo do bom. Daqui a cinco, seis anos, nós vamos estar novamente discutindo isso aí”.
Mourão acrescentou que outra forma de resolver o desnível fiscal é a venda de estatais. “Se a empresa está dando prejuízo, e o governo não tem condição de arcar com aquilo, tem que vender. Então, vamos privatizar aquilo que deve ser privatizado”, disse, ressaltando ainda que não haverá contratações. “Não vamos contratar ninguém pelos próximos anos, Vamos fazer uma diminuição do tamanho do Estado, de forma branda. A medida que as pessoas forem se aposentando não vamos contratar ninguém até que a gente consiga equilibrar as nossas contas”.
Mourão defendeu uma agenda de produtividade, que passa pela infraestrutura do país. “Grande parte do que temos hoje foi construído no tempo do governo militar, depois não se construiu mais nada. Nossas estradas, tudo mundo sabe como elas são, ferrovias sumiram, portos, aeroportos. Temos um litoral de 7.500 km cheios de portos e transportamos uma carga do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte em lombo de caminhão”, disse ao defender também a reforma tributária. “Estamos pagando hoje 32%, 33% do PIB de impostos. Isso penaliza os mais pobres. A turma mais pobre é que sofre com essa carga”, disse (ABr).