O ministro Edson Fachin declarou ontem (2), por meio de nota à imprensa, que vai cumprir seu dever com prudência, celeridade, responsabilidade e transparência. “O ministro Edson Fachin, a quem, na forma regimental, foram redistribuídos nesta data os processos vinculados à denominada Operação Lava Jato, reconhece a importância dos novos encargos e reitera seu compromisso de cumprir seu dever com prudência, celeridade, responsabilidade e transparência”, diz a nota.
Fachin também informou que já iniciou os trabalhos de transição com a equipe que trabalhava com o ministro Teori.
A escolha foi feita de forma eletrônica entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado que era integrado por Teori. Também fazem parte da turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. A partir de agora, cerca de 100 processos relacionados à operação, além das delações de executivos da empreiteira Odebrecht, ficarão sob o comando de Fachin. Após a homologação feita pela presidente do STF, Cármen Lúcia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já começou a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração com a Justiça.
Não há prazo para que eventuais pedidos de investigação ou arquivamento cheguem à Corte. O juiz Sérgio Moro comentou o resultado do sorteio. “Fachin é um jurista de elevada qualidade e, como magistrado, tem se destacado por sua atuação eficiente e independente”, disse em nota. Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello elogiaram o resultado do sorteio que definiu o ministro Edson Fachin como o novo relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.
“Foi uma excelente escolha, uma escolha do destino”, comentou Lewandowski, ao chegar para a sessão plenária da tarde de ontem (2). Para o ministro, a Lava Jato está em “excelentes mãos” com Fachin. Na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, a relatoria da Lava Jato está “em boas mãos”. “Tenho certeza que o ministro Fachin tocará como vinha tocando o ministro Teori Zavascki. Qualquer um de nós tocaria com a mesma seriedade, fosse quem fosse o sorteado no âmbito da 2ª Turma”, comentou o ministro (AE/ABr).
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