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Ministro da Fazenda descarta aumento de imposto para compensar diesel mais barato

em Manchete Principal
terça-feira, 29 de maio de 2018
Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia (E), ao lado do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Tasso Jereissati.

Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia (E), ao lado do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Tasso Jereissati.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garantiu que a redução de 0,46 centavos do preço do diesel, para atender reivindicação dos caminhoneiros em greve, não vai ser compensada com aumento da tributação. Segundo ele, o mecanismo encontrado pelo governo vai ser a redução de incentivos fiscais concedidas nos últimos anos a setores específicos. O representante do Executivo participou ontem (29) de uma audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Infraestrutura do Senado.
“Disse e repito que, ao reduzir tributos sobre o diesel, não haverá alteração na carga de imposto sobre a população em geral, mas para segmentos empresariais específicos que contam com benefícios fiscais, os quais cresceram de modo significativo entre 2010 e 2015. Vamos reverter alguns desses benefícios. Portanto, do ponto de vista tributário, tenho tranquilidade em dizer que estamos até avançando e melhorando a qualidade da carga tributária”, afirmou.
Guardia explicou que as medidas tomadas pelo governo para atender aos caminhoneiros levaram em conta quatro condições, que foram cumpridas de forma transparente e com total respeito à legislação: redução do preço do diesel na bomba, respeito às restrições orçamentárias, preservação da autonomia da Petrobras na política de preços e manutenção da competição no mercado, visto que 25% da oferta do combustível são supridos por importadores.
“Do ponto de vista fiscal, é uma medida transparente, com custo e fonte claros. Estamos respeitando a LRF. Os cortes de despesas serão detalhados. Esse esforço brutal vai exigir sacrifícios: cortar R$3,8 bilhões numa situação difícil e abrir mão da reserva de R$ 5,7 bi, mas é algo consistente com nossa situação fiscal”, disse, ao informar que a Petrobras estuda como manter uma política de reajuste mensal do combustível, como querem os caminhoneiros (Ag.Senado).