De acordo com o diretor da agência reguladora, Sandoval Feitosa Neto, a economia para o consumidor brasileiro é de aproximadamente R$ 25 bilhões nos próximos 25 anos.
O leilão de 16 lotes de linhas de transmissão e subestações em 13 estados teve deságio médio de 46,08%, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Estavam aptos a participar 135 proponentes e foram feitas 107 ofertas. De acordo com o diretor da agência reguladora, Sandoval Feitosa Neto, a economia para o consumidor brasileiro é de aproximadamente R$ 25 bilhões nos próximos 25 anos.
“O processo competitivo aqui verificado nos permite dizer que, a despeito da necessidade de [Receita Anual Permitida] R$ 2,139 bilhões que foi proposta no edital após o processo competitivo nós contratamos por R$ 1,153 bilhão, ou seja, uma economia de R$ 986 milhões por ano. Multiplicando por 25 anos, o consumidor brasileiro deixou de pagar R$ 25 bilhões”, explicou. Os estados contemplados no leilão são Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
A Neoenergia, que arrematou os lotes 1, 2, 3 e 14, alcançou a maior Receita Anual Permitida (RAP) entre as proponentes, com R$ 501.182 milhões, que corresponde a 43,44% do total geral do certame. Os lotes adquiridos por esta empresa compreendem os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
“Nós vamos mais que dobrar na transmissão. Foi um leilão que vai aportar um crescimento importante em termos de RAP e quilômetros de linhas e subestações”, diz Cristiane Costa Fernandes, representante da Neoenergia. Ela destacou que o crescimento foi estratégica que estava nos planos da empresa desde o primeiro leilão que participaram em abril de 2017.
O representante do grupo controlador da construtora espanhola Cymi, Jaime Llopis, afirmou que está “confiante numa melhora constante das condições brasileiras nos próximos anos”. A Cymi faz parte, junto com a Brookfield, do Consórcio Chimarrão, grupo que assumiu o segundo maior volume de investimento entre os projetos leiloados. Foi o vencedor do lote 10, com
R$ 2,4 bilhões de investimento previsto (ABr/AE).