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Investimentos externos no Brasil sofreram queda de US$ 15 bilhões

em Manchete Principal
quarta-feira, 01 de fevereiro de 2017
O Brasil sofreu ao mesmo tempo com a recessão e com a queda no preço das commodities, fazendo gigantes do setor adiar investimentos.

O Brasil sofreu ao mesmo tempo com a recessão e com a queda no preço das commodities, fazendo gigantes do setor adiar investimentos.

Em 2014, o país fechou mais empresas do que abriu, o que acontece pela primeira vez desde 2008, quando o IBGE iniciou a série histórica do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Esta é uma das principais constatações do estudo divulgado ontem (14) pelo instituto, indicando que, em 2014 o país tinha, 4,6 milhões de empresas ativas, que ocupavam 41,8 milhões de pessoas, das quais 35,2 milhões (o equivalente a 84,2%) eram assalariadas e 6,6 milhões (15,8%) encontravam-se na condição de sócio ou proprietário.
Aapesar do número significativo de empresas existentes em 2014, quando da última pesquisa, a taxa de saída de empresas do mercado cresceu 6,1 pontos percentuais (pp), passando de 14,6% para 20,7%, em relação a 2013. Com isso, 944 mil empresas deixaram o mercado, em relação a 2013, o maior número desde 2008, no início da série histórica. No período, o número de empresas que entraram totalizou apenas 726,3 mil.
Os salários e outras remunerações, pagos pelas entidades empresariais, totalizaram R$ 939,8 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 2,03 mil, o equivalente a 2,8 salários mínimos. A idade média dessas empresas era de 10,6 anos. De um ano para outro, a saída de empresas do mercado ocorreu em todos os segmentos, com destaque para o setor de outras atividades de serviços, que aumentou, no período, 10,5 pp; seguido do setor de artes, cultura, esporte e recreação (8,7 pp); construção (7,9 pp); e informação e comunicação (6,8 pp).
Os dados do Cempre chamam a atenção para o fato de que, em 2014, foi registrado o menor número de entradas de empresas no mercado desde 2008, com a taxa de novas empresas caindo de 18,3% em 2013 para 15,9%, em 2014. Com isso, 726,3 mil novas empresas entraram em atividade naquele ano, com a taxa de sobrevivência ficando em 84,1%, neste caso a maior taxa da série. As informações indicam que 3,8 milhões de empresas sobreviveram às adversidades do mercado, volume inferior ao verificado em 2013.
Com a queda no número de novas empresas no mercado, o saldo de empresas que entraram no mercado foi menor dos que as que entraram. De 2013 para 2014, 944 mil empresas deixaram o mercado, enquanto o número de entradas totalizou 726,3 mil empresas. O comércio se destaca como o setor que concentra o maior número de empresas, sendo a atividade que apresentou tanto os maiores ganhos quanto as maiores perdas em pessoal ocupado assalariado, provenientes dos movimentos de entrada e saída de empresas em 2014. 
Os dados indicam que 39,6% das 694,5 mil empresas que nasceram em 2009 ainda estavam ativas no mercado em 2014 – ou seja, cinco anos após a sua criação, mais de 60% das empresas não sobreviveram (ABr).