O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentou ontem (28), dados que mostram a redução real de 7,5% nos gastos de custeio administrativo no período de janeiro a agosto, quando somaram R$ 14,175 bilhões. O ministro divulgou o Boletim de Despesas de Custeio Administrativo, com dados divididos em sete itens, dos quais houve aumento apenas nos gastos com energia elétrica, que apresentaram alta real até agosto de 2015 de 34,5%. A maior queda foi registrada em desembolsos com diárias e passagens, que tiveram recuo real de 35,5%.
O ministro ressaltou que, no ano passado, houve grande deslocamento de servidores por conta da Copa do Mundo. Além disso, neste ano o governo adotou um sistema de compra centralizada de passagens aéreas, que representou economia de recursos para o governo federal. Barbosa destacou ainda que, excetuando energia elétrica, o gasto com custeio está praticamente estável nominalmente, e há uma queda real de 9,7% até agosto. “Isso é parte do esforço de melhorar a eficiência do gasto público”, completou.
De acordo com o balanço, 40% dos gastos de custeio administrativo é com prestação de serviços de apoio, seguido de material de consumo, com 17% de participação. O ministro afirmou ainda que o gasto de custeio administrativo até agosto, considerando os últimos 12 meses, soma R$ 33,714 bilhões, valor menor do que o registrado em 2010, quando foi de R$ 34,423 bilhões, já descontada a inflação. Em porcentual do PIB, os desembolsos com custeio administrativo em 2015 representam 0,56% do PIB – em 2010, era de 0,64% do PIB.
Os dados apresentados por Barbosa são do novo informe dos gastos de custeio administrativo do governo federal. O trabalho, que será apresentado trimestralmente, tem como objetivo mostrar o custo da máquina pública e a evolução nos últimos anos. “Este boletim tem como objetivo dar maior transparência dos gastos administrativos do poder Executivo”, disse Barbosa.
O secretário-executivo do Planejamento, Dyogo Oliveira, ressaltou a importância da portaria 172, de maio deste ano. Ele disse que o governo implementou, em 2015, a compra centralizada de serviços como telefonia móvel, ativos de rede e imagens orbitais. “Estamos reduzindo em 50% o gasto com telefonia móvel”, afirmou. Outra mudança feita pelo governo federal foi a não utilização das agências de viagens por ministério. “Agora, fazemos contato direto com as companhias aéreas”, ressaltou o secretário. Ainda segundo ele, há uma implementação de instrumentos de gestão mais modernos, como o sistema eletrônico de informações (AE).
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