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Endividamento na capital paulista cresce para 51,2% em julho, diz FecomercioSP

em Manchete Principal
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
Endividamento temporario

Endividamento temporario

A maioria dos entrevistados, 73,2%, tem dívidas atreladas ao cartão de crédito. Em seguida, aparecem os endividados com carnês (13,9%). Foto: Reprodução/Pexels

São Paulo – O nível de consumidores endividados voltou a crescer em julho em São Paulo, interrompendo uma série de três quedas consecutivas. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), a taxa de famílias com dívidas cresceu para 51,2% no sétimo mês do ano após 49,4% em junho, conforme a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A maioria dos entrevistados, 73,2%, tem dívidas atreladas ao cartão de crédito, revela a pesquisa. Contudo, a FecomercioSP pondera que o resultado não preocupa, pois está dentro do nível médio registrado desde o início do ano. Em seguida, aparecem os endividados com carnês (13,9%), aqueles com financiamento de automóvel(12,8%) e, por fim, as dívidas não pagas com crédito pessoal e financiamento de casa, ambas em 10,8%.
Já a taxa de inadimplentes, ou seja, de consumidores que atrasaram o pagamento, avançou de 19,2% em junho para 19,6% em julho. Em termos absolutos, trata-se de 764 mil famílias nesta situação, 64 mil a mais do que há um ano. Já são cinco meses em que o nível permanece “elevado”: acima dos 19% e superior ao visto em julho de 2017 (18,1%).
Quase a metade (49,1%) do perfil das dívidas atrasadas é de médio prazo, ou seja, acima de 90 dias.
O restante foi dividido entre até um mês (25,8%) e entre um mês e três meses (23,7%). “Pouco se alterou em relação há um ano, mas o que mais mudou em pontos porcentuais foi o quadro do médio prazo aumentando dos 47,1% para os atuais 49,1%. Apesar da elevação, não preocupa, pois já houve patamares maiores ao longo do último ano”, avalia a federação em nota.
De acordo com a FecomercioSP, o crescimento das vendas do varejo deve diminuir neste segundo semestre, em razão da dificuldade dos consumidores em quitar dívidas e ainda por causa da redução da confiança e na intenção de consumo das famílias. Para a entidade, enquanto não houver melhora significativa e constante no mercado de trabalho, a situação tende a permanecer difícil para as famílias e para o varejo (AE).