Brasília – Os empresários da indústria da construção apostam na recuperação do setor nos próximos seis meses, segundo aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem (26), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa, o índice de confiança dos empresários da construção (Icei-Construção) subiu para 57 pontos em março, ante 56,3 pontos de fevereiro. Entre os componentes do Icei-Construção, o Indicador de percepção sobre as condições atuais ficou em 50,3 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos. Segundo a Sondagem, isso mostra que os negócios pararam de piorar.
O indicador de expectativa aumentou 0,7 ponto em relação a fevereiro, atingindo 60,5 pontos, ‘mostrando que os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos seis meses’. “A retomada da economia e a queda da taxa básica de juros são essenciais para a recuperação do setor e contribuem para as perspectivas positivas dos empresários”, diz a economista da CNI, Flávia Ferraz. A pesquisa também aponta que os empresários apostam no aumento do nível de atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços, no crescimento das compras de matérias-primas e insumo e do número de empregados nos próximos seis meses.
Todos esses indicadores ficaram acima dos 50 pontos em março. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes. Já com relação a investimentos, por outro lado, os empresários continuam pouco dispostos a investir. O indicador de intenção de investimento caiu 1 ponto em relação a fevereiro e ficou em 31,1 pontos em março. Esse indicador também varia de zero a 100 pontos e quanto menor o indicador, menor é a propensão para o investimento.
Segundo o documento da CNI, uma das causas para a baixa intenção de investir é a elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria da construção ficou em 57% em fevereiro, ante 60% em janeiro. Ainda de acordo com a pesquisa, a atividade e o emprego na construção continuaram caindo em fevereiro. O indicador de nível de atividade ficou em 46,2 pontos e o de número de empregos chegou a 44,1 pontos. Nesse caso, os índices também variam de zero a 100 pontos e, quando estão abaixo de 50 pontos, mostram queda da atividade e do emprego. A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 13 de março com 599 empresas (AE).
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