O papel do compliance nas empresas está se transformando, com o setor de compras ganhando destaque como um condutor essencial para a implementação de políticas éticas e regulatórias. Esta evolução é particularmente notável em segmentos onde o compliance não é apenas uma função de suporte, mas sim o núcleo da operação, como, por exemplo, o setor financeiro, saúde, energia, construção, alimentos e bebidas, mineração e farmacêutica.
“Em ambientes altamente regulados, a eficácia do compliance é diretamente influenciada pela capacidade do setor de compras em aderir e promover regulamentações internas e externas”, afirma Carolina Cabral, CEO da Nimbi, empresa especializada em soluções tecnológicas. Nos setores financeiro e de saúde, por exemplo, o compliance é crucial devido às rigorosas regulamentações que visam proteger os interesses dos clientes e a segurança dos pacientes, respectivamente.
O setor de compras, por meio de tecnologias avançadas, assegura que todas as transações e contratações estejam alinhadas com essas normativas, mitigando riscos de não conformidade. No segmento de energia, as empresas enfrentam regulamentações ambientais e de segurança ocupacional que exigem uma atenção meticulosa às práticas de compra, para garantir não apenas a conformidade legal, mas também a sustentabilidade e a segurança das operações.
Para as empresas de alimentos e bebidas, o setor de compras é fundamental para garantir a aderência aos padrões de segurança alimentar e regulamentações sanitárias, cruciais para a qualidade e segurança dos produtos ao consumidor. No setor de mineração, caracterizado por seu potencial impacto ambiental e riscos ocupacionais, o compliance nas compras assegura a conformidade com as regulamentações ambientais e de segurança, promovendo práticas sustentáveis e seguras.
Por fim, no setor farmacêutico, a conformidade nas aquisições é essencial para manter a integridade do processo de desenvolvimento e distribuição de medicamentos, garantindo a segurança e eficácia para os pacientes. “A verificação de fornecedores e a gestão de riscos se tornam processos automatizados e eficientes, permitindo às empresas uma maior transparência e conformidade nas suas operações de compra. Essa integração tecnológica não apenas fortalece o compliance, mas também promove uma maior eficiência e responsabilidade em toda a cadeia de suprimentos”, explica Carolina.
A tecnologia, particularmente o e-procurement, desempenha um papel fundamental neste contexto, ao centralizar e padronizar os processos de aquisição. Isso não só facilita a adesão às políticas estabelecidas, mas também promove uma análise mais eficiente de fornecedores e a gestão de contratos, garantindo que todas as transações estejam alinhadas com os requisitos de compliance.
“A verificação de fornecedores é uma etapa crítica nesse processo, onde a tecnologia pode automaticamente avaliar o cumprimento de critérios legais, éticos e de sustentabilidade”, explica Carolina. Este processo inclui a análise de certificações, a conformidade ambiental e a verificação de práticas trabalhistas éticas, elementos fundamentais para a sustentação de um ecossistema de negócios responsável e transparente.
Além da seleção de fornecedores, a gestão de riscos se apresenta como outro componente estratégico, permitindo a identificação e avaliação proativa de potenciais vulnerabilidades associadas a fornecedores, contratos e transações. Esta abordagem integrada ao compliance, que combina práticas de compras eficazes com a aplicação estratégica da tecnologia, resulta em uma maior transparência, eficiência e aderência às normativas.
“Estamos observando uma verdadeira mudança de paradigma, onde o setor de compras, apoiado por soluções tecnológicas avançadas, está na linha de frente dos esforços de compliance”, conclui Carolina. – Fonte e mais informações: (https://nimbi.com.br).