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Com 238,5 milhões de toneladas, Conab estima recorde da safra de grãos

em Manchete Principal
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Com 2 temproario

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As mudanças de clima causaram inseguranças entre produtores, mas as tecnologias têm garantido mais informações no campo. Foto: Arquivo/ABr

O Brasil pode alcançar mais uma safra recorde de grãos no período 2018/2019, ao colher 238,5 milhões de toneladas. Levantamento apresentado quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra incremento de até 10,6 milhões de toneladas em relação ao período anterior. Em relação à área total de cultivo, a estimativa de aumento é de 2,3%, podendo ocupar mais de 63 milhões de hectares.
“Há duas coisas que podem nos levar a esses números. A primeira é o agricultor tomar a decisão de plantar, e os financiamentos chegarem a tempo – 40% oriundos de fontes públicas – para ele comprar sementes e insumos e ele plantar no dia certo de acordo com a recomendação de Embrapa e outros órgãos técnicos”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
A estimativa de safra de grãos recorde é impulsionada principalmente pelo cultivo da soja que deve ficar entre 117 milhões e 119,4 milhões de toneladas, seguida da de milho (91,1 milhões de toneladas). A primeira safra de milho pode chegar a 27,3 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra é estimada em até 63,7 milhões de toneladas. Outras culturas que devem se destacar na próxima safra são as de algodão – com bom desempenho das cotações da pluma no mercado –, além do amendoim, feijão e girassol.
O ministro lembrou que a retomada da venda de fertilizantes, mesmo após as consequências da greve dos caminhoneiros, pode aumentar a possibilidade de a estimativa de recorde se confirmar. Quanto aos impasses entre China e Estados Unidos, Maggi voltou a afirmar preocupação. Essa divergência tem garantido ganhos superiores aos produtores brasileiros, “mas apenas em função da guerra”, porém com impactos paralelos. “Se eu ganho mais pela soja agora, o produtor de suínos está pagando mais [para alimento dos animais]. Isso afeta nosso mercado de proteína animal”, exemplificou (ABr).