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Co Intelligence: cinco passos para inovar na era da IA

em Manchete Principal
terça-feira, 25 de junho de 2024

Beatriz Domingues (*)

A Inteligência Artificial (IA) segue mantendo seu destaque e protagonismo, com resultados fortemente consolidados. Isso é, de acordo com dados do “Barômetro global da Inteligência Artificial no Emprego 2024”, realizado pela PwC, foi apontado que este recurso eleva em até 4,8 vezes a melhoria da produtividade. Por sua vez, à medida que esta tecnologia avança, é essencial enfatizar um aspecto primordial nas organizações: a importância da IA para impulsionar a inovação e garantir o desenvolvimento do negócio.

Cada vez mais temos vivenciado a velocidade da transformação digital no meio corporativo. Nessa corrida, aqueles que não se prepararem, certamente, ficarão para trás. Entretanto, mais do que apostar em novas tecnologias e recursos, é essencial chamar atenção para o conceito de Co Intelligence, o qual visa estabelecer uma relação colaborativa entre as máquinas e seres humanos, auxiliando na atribuição de uma cultura inovadora na organização.

Contudo, quando falamos em inovação, é importante destacar que inovar não se trata de fazer algo de zero, mas identificar aspectos que podem ser melhorados e desenvolvidos, a fim de garantir uma gestão eficaz. Do contrário, a falta desse entendimento pode trazer consequência sérias.

Um exemplo disso é o caso da Blockbuster, considerada a maior rede de locadoras de filmes, séries e videogames no mundo que, ao se concentrar apenas em aumentar seu número de lojas, não construiu uma estratégia para competir com seus novos concorrentes.
A empresa não se adaptou, e acabou fechando as portas. Enquanto isso, sua maior concorrente, a Netflix, repensou seu modelo tradicional para o formato digital, readaptou seu planejamento e se tornou uma grande referência no segmento.

Assim como este exemplo, atualmente, diversas organizações acabam ficando estagnadas em suas estratégias por não repensarem seu plano de negócio. E, embora a IA seja um elemento essencial para que as empresas se tornem inovadoras e ágeis, cabe enfatizar que esta tecnologia atua como um meio, uma vez que o sucesso da sua aplicação depende de toda uma gestão inovadora, que deve ser implementada a partir de cinco passos. Confira:

  1. Crie uma cultura da inovação – A inovação é essencial para o sucesso das empresas no mundo digital. As organizações que não se inovarem correm o risco de perderem sua competitividade. Nessa jornada, a IA, por exemplo, pode ser usada para automatizar tarefas, melhorar a tomada de decisões e criar produtos e serviços.
  2. Invista em pesquisa e desenvolvimento – A a inovação não é apenas sobre tecnologia. Ou seja, embora esse recurso seja um importante facilitador, ele não é o único fator predominante. Inovar também exige criatividade, colaboração e uma cultura que apoie novas ideias, abrindo espaço para a chegada de coisas novas que podem agregar na organização – algo que precisa contar com o apoio de investimentos em ações de pesquisa e desenvolvimento que incentivem a expansão do olhar perante novas oportunidades de investimento e ajustes.
  3. Compreenda que a inovação é um processo contínuo – Este não é um processo que acontece de uma vez, mas sim algo contínuo que exige constante aprendizado e adaptação. Deste modo, as empresas precisam estar sempre buscando novas formas de fazer as coisas e de melhorarem seus produtos e serviços.
  4. Não tenha medo de correr riscos – Inovar nem sempre é fácil. Por isso, é preciso estar disposto a arriscar e falhar, uma vez que suas recompensas podem ser muito valiosas. Afinal, as empresas que inovam com sucesso podem obter uma vantagem competitiva significativa e alcançar um crescimento duradouro.
  5. Envolva a equipe: a execução dessa estratégia não deve se restringir aos líderes ou aos departamentos de pesquisa e desenvolvimento. Todos na empresa podem contribuir para a inovação, dos funcionários de linha até os executivos, os quais poderão aprender com seus erros e caminhar para a direção mais assertiva.

Estamos vivendo uma crescente comoção acerca dos impactos da IA. Contudo, mesmo esse sendo um movimento natural do mercado, é necessário também que as organizações estejam atentas para seus aspectos internos, a fim de atingirem seus objetivos e propósitos, bem como acompanhem as atuais tendencias em seus negócios.

Segundo a IDC, para que as empresas possam garantir sua competitividade, será necessário investir em soluções que apoiem na automação e gestão de dados. Só no Brasil, este mercado vai alcançar neste ano US$ 5,6 bilhões, o qual desse total, as plataformas analíticas e de IA somarão cerca de US$ 1,6 bi.

Sendo assim, para as organizações trilharem esse caminho, é essencial contarem com o apoio de ferramentas especializadas que ajudem nessa abordagem, além de uma equipe que auxilie no processo da inovação de forma contínua e estratégica. Afinal, é preciso levar em conta que na era da IA, mais do que apenas se modernizarem, as organizações que inovarem, certamente, terão um melhor desempenho.

Portanto, é fundamental que, desde já, as companhias tenham estabelecido um olhar interno, visando unificar a parceria entre a tecnologia e as pessoas que, sem dúvidas, continuarão sendo um pilar fundamental nessa trajetória.

(*) – É gerente de produtos e alianças da G2 (https://g2tecnologia.com.br/).