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Cinco estratégias para alcançar o sucesso de TI na educação

em Manchete Principal
sexta-feira, 06 de outubro de 2023

Flavio Póvoa (*)

Em nosso mundo cada vez mais digital, a tecnologia se tornou um facilitador fundamental em todos os escopos do setor educacional. No entanto, as equipes de TI, que desempenham um papel vital na entrega dessas soluções, continuam enfrentando uma infinidade de desafios para atualizar suas organizações e manter sua vantagem digital.

Para os líderes das instituições educacionais, compreender os desafios enfrentados pelo departamento de TI é algo essencial para o sucesso. Para facilitar o diálogo sobre esse tema, ouvimos líderes de TI de toda a indústria para entender mais sobre os desafios que enfrentam, as tendências que observam e quais soluções são consideradas necessárias. Enquanto as equipes de TI se preparam para o próximo ano letivo, nossas descobertas fornecem informações essenciais sobre onde as instituições de ensino devem priorizar seus recursos e orçamento.

Tendências emergentes e desafios existentes
Por meio de nossas discussões com líderes de TI identificamos quatro desafios e tendências-chave envolvendo a tecnologia na educação em 2023.

Imagem: SvetaZi_CANVA

1) Atender às demandas crescentes de conectividade

Em todos os níveis da educação, os dispositivos digitais continuam a se proliferar tanto na sala de aula quanto entre estudantes e funcionários. Desde dispositivos móveis até sensores IoT, os usuários esperam poder conectar qualquer coisa que queiram – independentemente do tipo ou função do dispositivo – à rede de sua instituição. E fazer isso de forma fácil e segura. Mas também há uma demanda crescente para que todos esses pontos finais interajam de forma perfeita entre si, a fim de criar ambientes de aprendizado mais inteligentes.

Isso coloca uma enorme pressão sobre as redes, tanto em termos de desempenho contínuo quanto de manutenção. Para que as equipes de TI forneçam o que está sendo solicitado, há uma série de requisitos que devem ser atendidos.

A primeira delas é garantir a largura de banda adequada para compensar o aumento do tráfego, seguida de perto pelo suporte a densidades de dispositivos mais altas.

O primeiro passo é garantir largura de banda adequada para compensar o aumento do tráfego, seguido de perto pelo suporte a densidades de dispositivos mais altas. Com dispositivos de estudantes, funcionários e professores, ou mesmo instalados no ambiente, variando entre equipamentos novos a desatualizados, a compatibilidade retroativa também é necessária para facilitar uma experiência de usuário ideal. Por fim, existem considerações de segurança – a infraestrutura de rede deve ser capaz de aplicar políticas de acesso automaticamente para garantir a segurança de dezenas de milhares de conexões diárias.

2) Tomar decisões baseadas em dados

Para melhorar a alocação de recursos em apoio ao sucesso dos alunos, as instituições estão recorrendo à tomada de decisões baseada em dados – utilizando análises de dados sofisticadas para aumentar o número de matrículas, transformar a educação e melhorar as taxas de conclusão de curso. Como a infraestrutura de rede coleta continuamente dados sobre o comportamento de usuários e dispositivos, ela pode se tornar a fonte de dados mais abrangente de uma instituição. O desafio está em desbloquear todos esses valiosos dados na forma de insights acionáveis.

3) Avançar nas proteções de cibersegurança

Com estudantes, docentes e funcionários acessando regularmente recursos e sistemas por meio de laptops, telefones celulares e outros dispositivos – remotos ou não – a área de superfície para potenciais ataques de cibersegurança nunca foi tão ampla. Ao mesmo tempo, as ameaças de hoje podem envolver não apenas atores criminosos, mas também o compartilhamento acidental de credenciais de usuário ou práticas de segurança inadequadas por parte de fornecedores da instituição.

Com a proteção dos dados de estudantes e funcionários sendo de extrema importância, as estratégias de cibersegurança dos departamentos de TI devem evoluir para incluir novos frameworks de segurança de rede e soluções avançadas.

Imagem:Manuel-F-O_CANVA

4) Habilitar a equidade digital

Com a pandemia e outras questões sociais destacando disparidades no acesso à tecnologia, as instituições educacionais estão trabalhando para abordar a equidade digital de várias maneiras. Não surpreendentemente, a infraestrutura de rede, com ou sem fio, desempenha um papel fundamental no combate à lacuna digital.
Enquanto nossos educadores trabalham para ensinar os alunos sobre o mundo, os departamentos de TI devem garantir que os estudantes tenham acesso contínuo e fácil aos recursos de que precisam, onde quer que estejam.

As estratégias e tecnologias necessárias para o sucesso

Para os departamentos de TI, a base para apoiar o sucesso educacional dos alunos começa na rede. Seja por meio de soluções com fio, sem fio ou SD-WAN, o foco deve estar em aprimorar continuamente a eficiência e a segurança das redes.

Com as tendências e desafios mencionados acima em mente, identificamos várias tecnologias e estratégias-chave que podem dar vantagem às equipes de TI da educação.

1) Implementando AIOps nas redes baseadas em IA
Uma das estratégias mais prudentes para lidar efetivamente com as demandas de redes de hoje, é adotar a inteligência artificial para operações em TI – ou ‘AIOps’, resumindo.

Simplificando, as AIOps fornecem insights impulsionados por inteligência artificial para facilitar a solução de problemas e otimizar as redes, automação de fluxos de trabalho e perfil de endpoints para melhorar a segurança. Automatizar essas tarefas simples pode ajudar os departamentos de TI a aproveitarem ao máximo seu tempo e recursos, priorizando tarefas estratégicas de maior valor, ao mesmo tempo em que permite que novos membros da equipe façam mais e aprendam novas habilidades.

2) Adotando uma infraestrutura NaaS
Como uma equipe de TI entrega conectividade contínua, segura e sempre disponível – ao mesmo tempo em que minimiza seu impacto financeiro? Acreditamos que eles devem considerar um modelo de Network-as-a-Service (NaaS). Nossa pesquisa mostra que essa opção está se tornando cada vez mais popular entre as organizações, com cerca de 20% de todas as empresas informando que irão implementar uma estratégia de NaaS até o final de 2023.

Um modelo de NaaS pode ser uma ótima maneira de acelerar a modernização de uma organização, ao mesmo tempo em que consome recursos e orçamento de TI mínimos. Seja fornecendo mais ou menos conectividade, os modelos de NaaS são flexíveis e facilmente escalonáveis – algo importante quando se considera a incerteza em torno dos números de futuras matrículas. Além da adaptabilidade, selecionar um provedor de plataforma em NaaS comprometido com neutralidade de carbono e estratégias de reciclagem, também pode ajudar as organizações a alcançar metas de sustentabilidade institucional.

3) Insights acionáveis com o monitoramento de localização via Cloud
Alcançar objetivos institucionais relacionados à tomada de decisões baseada em dados, exige que as equipes de TI enfrentem os desafios relacionados aos dados – isto é, coletar, armazenar e acessar, obter insights acionáveis e manter a privacidade. Uma tarefa nada fácil.

No entanto, soluções avançadas de redes podem ajudar. Elas não apenas permitem a coleta de dados, mas também incluem o monitoramento de localização com alta precisão para a coleta de informação situacional. Esses dados são posteriormente analisados na nuvem para acesso rápido sob demanda.

Ao implementar tais soluções, é de grande importância selecionar uma plataforma que esteja em conformidade com regulamentações de privacidade, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – normalmente, todas as melhores plataformas o fazem. Para facilitar o uso, é também recomendado uma plataforma que disponibilize painéis técnicos e não-técnicos, apresentando insights úteis tanto para usuários de TI quanto para negócios.

Imagem: cokada_CANVA

4) Dando fim a segurança sem estratégia
Para garantir a segurança dos dados tanto dos funcionários quanto dos alunos em ambientes acadêmicos mais complexos, as organizações educacionais devem ir além de um firewall baseado em perímetro – em vez disso, devem implementar soluções de rede com segurança incorporada em todos os aspectos de sua infraestrutura com fio, sem fio e WAN.

A melhor maneira de fazer isso? Por meio de estruturas Zero Trust e Secure Access Service Edge (SASE), que oferecem uma defesa contra ameaças mais robustas em toda a malha de TI – incluindo usuários, dispositivos conectados, aplicativos, serviços de rede, computação e plataformas de armazenamento.

Uma rede Zero Trust pode determinar automaticamente quais dispositivos estão sendo conectados e fornecer o nível adequado de controle de acesso com base nas políticas determinadas. Um modelo de segurança de rede abrangente de Zero Trust também realizará verificações de segurança constantemente, monitorando de forma contínua a presença de comportamentos anormais e possibilitando medidas corretivas (ou seja, negando acesso inadequado a dados ou serviços).

5) Foco no usuário
Uma abordagem focada na rede para otimizar a conectividade é, sem dúvida, muito importante. No entanto, garantir o suporte a quaisquer inovações e soluções também requer uma visão baseada no usuário.

Para facilitar isso, os departamentos de TI devem implementar soluções que monitoram o tempo de resposta dos aplicativos e métricas de desempenho relacionadas a partir da perspectiva de um dispositivo. Acompanhado disso, devem ser utilizadas ferramentas que forneçam insights proativos, remotos e baseados em nuvem para solução de problemas, identificando e resolvendo rapidamente, antes que afetem professores e alunos.

Sejam quais forem as prioridades da equipe durante o ano letivo, a modernização da infraestrutura de rede serve como uma base vital para se desenvolver. Com as soluções e parceiros certos, as equipes de TI podem fornecer aos professores, alunos, funcionários, administradores e convidados um ambiente de aprendizado seguro, contínuo, conectado e sempre disponível – permitindo que todos cresçam e tenham sucesso.

(*) Systems Engineer Manager da HPE Aruba Networking.