247 views 9 mins

As boas práticas para a melhoria no fluxo de desenvolvimento de software

em Manchete Principal
terça-feira, 01 de novembro de 2022

DevOps é uma série de práticas, ferramentas e padrões que automatizam e integram processos entre as equipes de desenvolvimento e infraestrutura, com o objetivo de organizar e entregar valor aos usuários de maneira mais ágil e com menos interrupções.

Esta abordagem fornece um processo de implantação de software eficiente, eficaz e confiável, ajudando a empresa a acelerar e automatizar o ciclo de vida de desenvolvimento dos sistemas. Essas práticas também ajudam as equipes de desenvolvimento a criar processos contínuos que aumentam sua produtividade, reduzindo erros e aumentando a disponibilidade dos sistemas.

Por desempenhar um papel importante no sucesso do desenvolvimento de aplicativos, é essencial que os desenvolvedores aprendam o DevOps. Ao adotá-lo, as equipes podem aumentar sua confiança na criação de aplicativos. Esse processo já é amplamente utilizado em todos os setores, como varejo, saúde, finanças, educação e tecnologia.

“DevOps é um processo em constante evolução, fundamental para impulsionar transformações significativas de TI que impulsionam diretamente as metas e objetivos de negócios. Ao implementar as melhores práticas de DevOps, as equipes podem colaborar melhor para acelerar o desenvolvimento e aumentar o desempenho e a confiabilidade do software”, afirma Fernando Rych, Gerente Sênior de Relacionamento e Experiência do Desenvolvedor da Turing, unicórnio americano.

Imagem: faithiecannoise_CANVA

Conheça as 6 melhores práticas de DevOps:

  1. – Gerenciamento Ágil de Projetos – Por que grandes multinacionais como Google, Microsoft e Facebook atualizam ou lançam produtos em poucas semanas, às vezes dias, ou até horas, enquanto outras empresas levam anos para fazer o mesmo? O motivo é o gerenciamento ágil de projetos.

Esse processo é uma abordagem interativa que ajuda as equipes de software a aumentar sua velocidade de desenvolvimento, a colaboração e responder bem às tendências atuais do mercado, permitindo algumas dessas empresas lançarem até 18 atualizações de software por dia.

  1. – Implementação de Segurança no Aplicativo – A segurança dos dados deve ser a principal prioridade ao desenvolver um aplicativo. De acordo com uma pesquisa da Thales, empresa francesa que presta serviços de consultoria de sistemas de informação e serviços para indústrias aeroespaciais e de defesa, 45% das organizações americanas sofreram violações de dados em sua vida útil.

Antes da chegada do DevOps, a segurança era implementada apenas nos estágios finais do desenvolvimento do aplicativo e pontualmente. No entanto, em um ambiente colaborativo, as organizações perceberam a necessidade de integrar a segurança e a operação desde o primeiro dia de desenvolvimento. Assim foi criado o DevSecOps para combater vulnerabilidades de segurança iniciando já em tempo de desenvolvimento do software.

  1. – Uso das ferramentas certas para construir o software – As organizações devem implementar o conjunto certo de ferramentas em cada estágio do ciclo de vida para criar um software de alta qualidade com rapidez. Um ciclo de vida de uma aplicação inclui planejamento, construção, integração contínua, implantação, monitoramento, operação e feedback contínuo.

Essa cadeia de ferramentas permite que as equipes de desenvolvimento e infraestrutura colaborem de forma eficaz em todo o ciclo de vida do aplicativo. Você pode optar por personalizar a cadeia de ferramentas de acordo com os requisitos de sua equipe, não é incomum encontrar times que adotam mais de 15 ferramentas, perfeitamente integradas e funcionando eficientemente entre si, como um todo.

  1. – Implementação de Integração Contínua/Entrega Contínua (CI/CD) – Com a CI (do inglês Continuous Integration – Integração Contínua), os desenvolvedores integram novos códigos em um repositório compartilhado várias vezes. Já a CD (do inglês Continuous Delivery – Entrega Contínua) automatiza o processo de entrega de software, que é responsável por verificar e garantir a entrega do código integrado na fase de produção sem erros ou atrasos.

A configuração de um pipeline de CI/CD permite que uma empresa entregue rapidamente o produto final aos clientes. Essas ferramentas oferecem alguns benefícios, como ajudar a obter feedback mais rápido para verificar o impacto e a qualidade do código, fornecer transparência aos desenvolvedores para analisar os problemas e ajudar na detecção precoce de bugs por meio de testes automatizados.

  1. – Estabelecimento da Observação e Monitoramento – Lidar com as complexidades da arquitetura de nuvem e microserviços é difícil. Portanto, implementar a observação e monitoramento como prática essencial do processo de DevOps ajudará suas equipes a entender melhor o comportamento desse complexo sistema da arquitetura quando implementada, mas não limitando-se a apenas esse formato, sistemas clássicos monolíticos também necessitam um bom monitoramento em práticas DevOps.

Uma plataforma de observação contribui para identificar e endereçar necessidades futuras antes que elas aconteçam, ou exatamente quando acontecem e antes que o usuário seja impactado, tendo o time em prontidão para agir em incidentes.

  1. – Gerenciamento de lançamentos e implantações de código com sinalizadores de recursos e versões Canary – A implantação é o processo de execução do código em seu destino final, que pode ser um servidor, um cliente ou qualquer outra plataforma onde o código tenha que ser executado.

O lançamento (ou Release) é um processo em que os usuários finais obtêm acesso ao código e aos recursos. Os sinalizadores de recursos e as versões Canary são algumas das práticas recomendadas de DevOps que ajudam a implantar e liberar códigos com êxito.

A implementação de sinalizadores de recursos em códigos ajudará os desenvolvedores a testar e corrigir as atualizações de recursos antes do lançamento. Os sinalizadores de recursos melhoram a confiabilidade e o desempenho do código e fornecem os controles necessários para atualizar os aplicativos sem interrupções para as equipes de desenvolvimento.

Imagem: everythingpossible_CANVA

A versão Canary é uma prática que testa o impacto de uma nova versão do recurso sem afetar toda a sua base de usuários. Você pode liberar o recurso para um número limitado de usuários para verificar as alterações feitas nos códigos ou recursos. As implantações Canary podem ser feitas com a ajuda de balanceadores de carga, AWS, Kubernetes e muito mais.

Para implementar esse recurso, você precisa criar dois clones do ambiente de produção e dividir sua base de usuários adequadamente em cada um dos balanceadores de carga, também chamamos esse formato de implementação de “teste A/B”, termo emprestado do Marketing Digital.

Costuma-se iniciar com uma base de usuários restrita de acordo com a confiabilidade/risco envolvido na nova Release de recursos, comumente iniciando-se com apenas 5% dos usuários e crescendo esse número gradualmente até termos alta confiabilidade que nenhum impacto será trazido ao usuário.

Em algumas situações críticas, pode-se utilizar menos que 5%, chegando a 0,1% dos usuários em um recurso de alto risco de impacto. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.turing.com/).