O ano de 2017 foi de desempenho abaixo do esperado para as empresas do setor de transportes. Para 2018, a expectativa do setor é de um “otimismo cauteloso”, apesar da “baixa confiança na gestão econômica do país”. A constatação é da Confederação Nacional do Transporte (CNT), tendo por base dados divulgados ontem (4) por meio da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2017.
As projeções para o próximo ano têm como ponto de partida a expectativa relativa ao PIB de 2017 e 2018, sendo que para a maior parte dos empresários do setor (54,8%), o PIB brasileiro será maior em 2018 do que em 2017. No caso dos transportadores rodoviários de carga, o desempenho em 2017 foi pior do que o esperado, segundo 31,9% das empresas. Além disso, 19,7% dessas transportadoras apresentaram queda de receita em 2017. A maioria das empresas (92,8%) disse não ter constatado “em nenhum momento”, a redução do preço do diesel após a mudança de política de preços da Petrobras.
Para 53,2% dos entrevistados, “a crise de confiança no governo federal é o “principal entrave” para a realização de novas concessões”. Na avaliação da CNT, a queda de confiança na gestão da economia afeta diretamente as expectativas dos transportadores para o próximo ano, mesmo com as empresas de transporte já começando a se recuperar do período recessivo. A avaliação é de que a retomada da economia será “em ritmo mais lento do que o esperado”.
Diante deste cenário, 54,8% dos entrevistados disseram que pretendem manter o tamanho da frota em 2018, enquanto 32,1% disseram ter em seus planos aumentar a contratação formal de empregados. 80% das empresas que usam o sistema ferroviário para o transporte de cargas têm a expectativa de aumento do volume de investimentos privados em ferrovias ao longo de 2018.
A confiança na gestão econômica do país pelo governo federal é baixa, com 59,8% dos entrevistados demonstrando “baixo grau de confiança” na atual gestão do país”. Apesar da avaliação negativa das políticas de governo, 66,1% dos empresários do setor receberam de forma positiva a reforma trabalhista por ele implantada (ABr).
